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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Vinte e cinco



Estou chegando aos vinte e cinco com esta cara de trinta e uns... fazer o quê?! Já vivi o suficiente pra saber que viver não é fácil, mas nem por isso deixa de ser bom. É... vivi muita coisa.

Concluí o curso técnico aos vinte, consegui o primeiro emprego aos vinte e um, ingressei no ensino superior aos vinte e dois, primeira namorada aos vinte e quatro (já estavam zombando de mim, "idade de decisão" e tal... vots!) e agora fico pensando... o que será que me aguarda daqui pra frente?

Vinte e cinco anos, um quarto de um século... não parece lá grande coisa... mas é o tempo que terei vivido até uma terça-feira dessas daí. É, será o início de mais um capítulo na saga deste rapaz metido a escritor, será mais uma oportunidade de avaliar o que tenho feito da vida, será algo simples como quase sempre foi... sem festas, sem fotos, sem nota no jornal, sem a presença de todas as pessoas queridas... e o que importa? Bem, as pessoas queridas farão falta, mas o resto... é resto.

O importante pra mim é viver, fazer amigos, ajudar pessoas, contar piadas que só eu conheço (ainda que a maioria não tenha graça), lembrar de uma música para completar uma frase que ficar em suspenso, rabiscar uma folha de papel até que surjam formas familiares, ler dicionários por esporte, imaginar minha vida do começo ao fim e colocar um pedaço de tudo isso aqui, para que os passantes sejam contaminados com a vida que pulsa em mim.

Que venham os vinte e cinco!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Presente



Dê-me um presente;
Não precisa ser caro
Nem durável ou raro.
Só em um detalhe serei exigente:
Não mande por outras mãos,
Esteja presente.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O amor existe



O amor existe,
E de todas as afirmações
Que queiram me convencer,
A única que aceito
É a que pulsa no meu peito:
"Amor é o que sinto por você".

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A todo tempo



Não queria que o tempo parasse...
Queria que ele andasse mais devagar,
Para aproveitarmos cada segundo,
Para estarmos juntos por mais um instante,
Para vivermos intensamente este momento.

Mas se o tempo não é tão lento,
Não menos veloz é o pensamento;
E, mesmo distante, é em você que penso.
Passa o tempo...
Mas você não me sai do pensamento.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Exagerado



Que sou exagerado,
você pode pensar.
Mas todo este carinho
É só um pedacinho
Do que quero te dar.

domingo, 23 de novembro de 2008

Realidade alternativa



Já nem sei o que é real:
Meu universo paralelo é tão presente,
Que só a ele me dedico
E do mundo fico ausente.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Navegar é preciso



Corta a corda,
E deixa o barco ir;
Não há o que temer:
É tempo de zarpar,
Fazer-se ao alto mar.
Que mais podes querer?

Abraça a liberdade,
Enfrenta cada vaga;
Vai-te com o vento
E, indo mar adentro,
Afoga tuas mágoas.

domingo, 16 de novembro de 2008

A gênese



Hoje brinquei no corredor do CEFET; disse que deveria escrever um livro. Afinal, já cheguei aos 23, vi muita coisa, vivi muita coisa, sofri muita coisa, fui muita coisa, tanta coisa, cada coisa...

Bem, eu não saberia o que colocar num livro; nem me acho um escritor, talvez nem aspirante eu seja. Não sinto estilo nessas linhas, sei que erro a pontuação, acredito que não sei articular bem as palavras, não sei expressar bem as idéias. Eu devia era ler um livro, seria mais útil pra mim. Mas escrever um desabafo das minhas mágoas, um poema dos meus amores, um conto dos meus sonhos, uma crônica das minhas memórias, escrever algo que me liberte da omissão da informação, da falta de cumplicidade, da incapacidade de dividir meus sonhos... seria uma terapia.

Ainda sou o mesmo menino medroso e chorão, o mesmo guri tímido beirando a bisonhice. Aos 23 anos, não sei andar de bicicleta na frente de muitas pessoas (perco o equilíbrio), não sei nadar que me salve de um afogamento, não consigo tocar violão na frente da turma, não deixo de ficar ruborizado diante de quem amo, não consigo evitar o sorriso amarelo (se bem que sou amarelo), às vezes tropeço nas palavras, sinto falta de ar ao tentar me expressar diante de uma turma nova (como aconteceu no início do segundo semestre); ainda sou o menino que segura na barra da saia da mãe.

Sinceramente, os parágrafos anteriores estão ridículos. Acho melhor parar por aqui. Um dia, quem sabe, poderei voltar a escrever, quando souber de que assunto tratar.


Eis um verdadeiro "texto perdido". Achei-o em meio aos meus arquivos; foi escrito numa sexta-feira, 31/08/2007.

Sete meses depois (em 01/04/2008) eu iniciei o blog, e hoje (um ano depois) publico este "texto perdido".

O texto "Covardia" (primeiro a ser postado por aqui) é de 14/11/2007, sendo produto da "revolução" iniciada em agosto do mesmo ano.

Ainda lembro do dia em que "brinquei no corredor do CEFET".

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O Salto



Eu queria saber, sei lá... entender o que se passa na minha mente; mas tudo parece tão confuso e imprevisível...
A gente pode tentar sair dessa, fazer uma "atualização geral", colocar as coisas no lugar, ter a caixola organizada...
Só ouço esse zumbido infernal, tudo é turvo e há uma sensação estranha de "não pode ser!"; será que estou preso em um pesadêlo...?
É... chegou a minha vez. Vou pular, nem sei no que vai dar; mas se cheguei até aqui, não tenho porque voltar.
Estou no ar. Tudo o que ouço agora é o som do vento, que passa apressado. Em queda livre, sigo em direção ao solo, mas ainda estou distante.
Agora estou na altura certa, hora do segundo passo... Feito! É só esperar para tocar no solo e acabar com esse sofrimento.
Aterrissagem perfeita! Foi demais, para um cara que tem medo de altura e salta de pára-quedas pela primeira vez.

sábado, 8 de novembro de 2008

Tristeza



Se ainda existem cores aqui,
São apenas o restolho desbotado
Da minha alegria que se foi.
Pois a tristeza que chega é cinza,
Pesada como chumbo
E dura como concreto.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Quadro a quadro



Braços que abraçam
Laços que embaraçam
Corpos que se tocam
Mundos que se chocam
Lábios que se beijam
Cismas que se deixam
Vidas que se unem
Amores que se assumem.

domingo, 2 de novembro de 2008

Não há em mim



Não há em mim
A vontade de ser o que não sei,
A vontade de ter o que neguei,
A vontade de não ser de você.

Não há em mim
O querer te esquecer, porque eu sei
Que de todo amor com que sonhei,
O que mais quis viver foi com você.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Amor de cinema



Não reclamo da ilusão;
Foi bom enquanto durou.
Apreciei cada instante,
Ainda que as nuvens fossem de algodão
E o mar fosse de plástico,
O sol fosse um holofote
E o nosso amor, tão fantástico
Que só poderia estar num telão.
Pena que acabou a sessão.

domingo, 26 de outubro de 2008

Epitáfio



Nasci,
Cresci,
Reproduzi-me
E Morri.
Mas,
Entre uma coisa e outra,
Fui muito feliz.

Canções perdidas



Entre estrofes e estribilhos
De canções perdidas,
Há sempre aquele brilho
Que ilumina a vida;
Há cores e odores,
Texturas e formas;
Há muitos sabores
E várias memórias.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Meus versos



Meus versos são...
Rabiscos dos meus amores,
Garranchos das minhas paixões,
Vislumbres dos meus medos
E das minhas ilusões,
Produto das minhas dores.

Queria



Eu queria era sorrir...
E acreditar que cada curva dessa vida
Nada tem de perigosa.

Queria ter um pouco de chão sob os pés
E todo o céu para percorrer;
Queria ser como o vento...
Que não se importa de não ser visto.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O baque



Suportei o baque,
Estanquei o sangue.
Ergui o meu corpo,
Não estava morto,
Me lavei no tanque.

Não há quem não note
A dor no meu rosto;
Grande é meu desgosto,
Mas sigo adiante.

Tormenta



Vento forte,

Cheiro de morte.

Talvez meu peito não suporte...

A tempestade de estar só

Me fez perder da vida o norte.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Às lembranças



Eu coleciono lembranças.
E quem não as coleciona?
Há milhares delas na minha cabeça,
Tenho mais lembranças que cabelos.
Não me importaria de não tê-los;
Mas delas, não quero que uma se perca.

Reparando



Um aperto...
Outro ajuste...
E volto a caber em mim mesmo.
Mas o espaço que foi teu...
Não há quem ocupe.

domingo, 19 de outubro de 2008

O que é?



É um aperto no peito, sem razão;
É a razão de ser que se perdeu;
É agonia, é dor no coração;
É querer um amor que não é meu;
É sofrer sem saber o que fazer;
É também um querer não mais viver;
É estar sem estar, ter e não ter;
É deixar de sonhar só por saber,
Que eu devo viver sem ter você.

Entre perdas e ganhos



Entre perdas e ganhos,
Ficamos de estranhos,
Fugimos de abraços,
Cruzamos os braços,
Rompemos os laços,
Perdemos os sonhos.

E o que ganhamos?

Sinto saudades



Sinto saudades do amor verdadeiro,

Dos dias felizes,

De todo carinho,

De todo cuidado,

De cada abraço,

Dos sonhos,

Das manhas,

Dos risos;

Enfim,

Sinto saudades daquilo que não vivi.

Tempo



Quando você quer que ele se apresse, ele anda a passos lentos e pesados; quando quer que ele vá devagar, corre mais rápido que o vento e passa como o mesmo. Você se pergunta se é "marcação", mas ele age assim sempre e com todos. Você não pode dominá-lo; tem que entrar no ritmo dele.

Ele rege as suas ações, ele limita a sua vida. O tempo é assim. Você não pode subjugá-lo; deve aprender a lidar com ele, a aproveitar cada instante sem desperdiçar um segundo sequer.

Dizem que tempo é dinheiro, mas não é; ele é muito mais precioso. Imagine se você tivesse todo o dinheiro do mundo, porém vivesse apenas um segundo; de que lhe serviria o dinheiro? Aproveite o seu tempo!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Pensando



Penso,
Fico tenso,
Repenso.
Sou propenso,
Me convenço
Do que penso.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Ontem, hoje e amanhã



Ontem éramos
Hoje somos
Amanhã seremos

Ontem planejamos
Hoje executamos
Amanhã colheremos os frutos

Ontem passou
Hoje está em curso
Amanhã... não nos pertence

Pedriodontite



Eu estava em um desses restaurantes chiques, feliz da vida e desfrutando de uma refeição maravilhosa, quando de repente... a sorte ou o azar (é melhor dizer o acaso) brincou comigo e, ao mastigar, educadamente, aquela porção que trouxera à boca, notei um objeto estranho em meio à comida.

Percebi que era algo parecido com uma pedrinha, um "pouco grande" para ser sincero, e fiz o que qualquer outro faria; recolhi-a da minha boca com um lenço, fiz um sinal para o garçom, que prontamente me atendeu. Pedi a ele que chegasse mais perto e, passando o lenço para ele, contei-lhe o ocorrido. Disse o quanto me sentia constrangido em passar por aquilo etc.

O garçom, com um certo ar de repulsa, abriu o lenço e olhou o que havia lá. Então sorriu, devolveu-me o lenço e disse: "leve sua pedrinha para casa, o senhor vai precisar dela".

Sinceramente, aquilo me ofendeu. Eu ia me levantar e fazer valer meus direitos de consumidor, quando senti a curiosidade de ver a pedrinha. Vi e, para minha surpresa, não era uma pedrinha, era meu pivô. Maldito dentista!

sábado, 4 de outubro de 2008

Depois do fim



Antes do fim, era assim:
Você era parte de mim.
Nós dois éramos um,
Tínhamos tudo em comum.

Mas você mudou, me deixou,
E o que tínhamos juntos, você levou...

Você me roubou tudo...
A paz, o amor, meu mundo.
E agora o que me resta
É o nome de "Bobo" escrito na testa.


Perdido



Foi o seu jeito de ser,
Foi o seu olhar,
Foi o seu sorriso,
Foi o seu cabelo,
Foram as curvas do seu corpo...

Falaram tão alto,
Me chamaram a atenção,
Me fizeram querer você...

E agora que quero,
Não sei mais o que fazer...

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O outro eu



Você conhece o meu sorriso de constrangimento e o meu olhar de curiosidade. Você nunca deixa passar despercebido o meu gesto de dúvida ou o meu ar de certeza; você me conhece. Mas precisa saber que eu sou mais que isto; há mais de mim por conhecer do que você possa imaginar.

Nem eu mesmo tenho noção do que há oculto nas entranhas do meu "eu". Já me surpreendi várias vezes, fiz coisas que não esperava fazer e deixei de fazer outras que havia programado; é como se um raio me acertasse e... ZAP! ... muda o rumo, mudam os ares, muda a visão, mudam as atitudes, muda o ânimo. Tenho este lado imprevisível, você não tem culpa de não conhecê-lo; eu mesmo desconheço.

A surpresa mais recente: olhei uma foto sua e notei um "brilho nos meus olhos" (às vezes vejo projeções de mim mesmo), percebi que respirei diferente (quase suspirando) e fiquei todo risonho... será que esse meu outro eu se apaixonou por você? Não que isto seja ruim, mas pode ser complicado. Não, não estou te "cantando", só acho estranho o que tem acontecido. Se fosse pra dizer que estou a fim de você, eu diria com todas as letras, caracteres especiais e etc.

Já pensei em me afastar de você, para não complicar a nossa vida. Mas eu gosto tanto de você que não suportaria ficar longe; só que, diferente do "outro eu", me contento com a distância (máxima e mínima) de "um palmo de amizade". O outro eu é mais pretencioso; quer ficar, no máximo, a uma "polegada de distância entre ficantes" ou a um "cabelim de sapo de espaço" livre entre namorados, cada vez mais perto. Já estou começando a sentir ciúmes; não eu, mas o outro eu.

O "eu estranho" me disse que eu deveria concordar com ele e, como eu e você somos próximos, que eu deveria dar uma ajudinha... sei não... vou deixar dessa loucura e procurar ajuda!

(o outro eu entrou na "linha")

Eu te disse um monte de besteiras, mas tudo o que queria é que você soubesse que te amo. Sou "louco" por você!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O fluxo dos fatos



Perco os cabelos de preocupação
Entro em desespero
Perco a noção do tempo
Saio da sua vida
Perco a razão de ser
Entro em depressão
Perco peso e motivação
Entro no hospital
Ganho saúde
Saio do hospital
Perco o ônibus
Entro no táxi
Perco tempo
Entro em casa
Ganho tempo
Entro no quarto
Perco o sono
Saio do quarto
Ganho coragem
Entro no banheiro
Ganho um banho
Entro no carro
Ganho o mundo
Entro na sua casa
Ganho você
Entro na sua vida
Ganho a minha de volta.

Mudanças



O homem que não tinha medo do escuro
Sentiu medo de se apaixonar,
De se machucar,
De não superar.

Apaixonou-se,
Machucou-se,
Mas superou.

Agora ele tem medo do escuro,
Da solidão,
Porém não tem mais medo de se apaixonar.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Quero saber



Quem é você, que me deixa sem forças de dizer não?
Quem é você, que me faz duvidar da razão?
Quem é você, que me faz sentir sua tristeza?
Quem é você, que me faz sorrir quando sorri?
Quem é você, que me faz acreditar tanto em si?
Quem é você, que me faz congelar com sua frieza?
Quem é você, que me põe em chamas com seu calor?
Quem é você, que me faz sentir o seu amor?
Quem é você, que suavemente se impõe com firmeza?
Quem é você, que me rouba as palavras todas?
Quem é você, que me põe nos lábios a conversa boba?
Quem é você, que me faz botar as cartas na mesa?
Quem é você?
Quero saber.

Poupe-me



Poupe-me dos seus abraços emprestados,
Dos beijos falsos,
De toda alegria ensaida,
Da sua risada,
De cada gesto programado.

No meu estado,
Tudo o que quero é ser poupado.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Minha chuva



Alguma coisa me diz que a chuva não vai parar. O céu está "fechado", e cada gota que cai parece convidar outra após si. Não é que a chuva me incomode, é que eu não suporto quando chove desta maneira: chuva fina e constante; a princípio parece inofensiva, mas quando percebemos o nível da água subindo... nosso julgamento muda.

Nunca paramos para pensar no motivo pelo qual as nuvens desabam em gotas d'água; se bem que todo mundo ouviu algo sobre o "ciclo hidrológico" (talvez com outro nome) nas aulinhas de "ciências". Mas esta chuva aqui é diferente, vem de outras nuvens em outro céu, e até a água desta chuva é "especial".

Pra não te deixar sem saber: O céu fechado é a minha cara de "perdi o ônibus"; as nuvens neste céu são apenas duas, meus olhos; a chuva que não quer parar é o pranto desesperado deste cara que te ama.

Tua ausência me faz "chover".

Adeus



Um abraço
Alguns passos
Um adeus
Um olhar
Várias lágrimas
Uma foto
Um aceno
O asfalto
Um assalto
Desespero
Estampido
Correria
Gritaria
Sirenes
Viatura
Ambulância
Pessoas
Sangue
Pulso...
Óbito!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Olhei pra você (Perdi a razão)



Olhei pra você,
Pra quê?
Me apaixonei,
Dancei!
Perdi a razão
Ou não.
Só sei que não sei
O quê.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

MSN



...
Isaac diz:
agora eu não sei
S@M@R@ :( :( :( diz:
sério?
Isaac diz:
é

Isaac diz:
agora eu me sinto a querer bem
Isaac diz:
só que não sei a quem
Isaac diz:
se a ela, se a outro alguém

Isaac diz:
ixi
Isaac diz:
é poesia
S@M@R@ :( :( :( diz:
ate aqui vc faz poesia
S@M@R@ :( :( :( diz:
rs rs rs
Isaac diz:
foi sem querer
S@M@R@ :( :( :( diz:
ficou legal
...

Obs.:
1 Não que eu veja aí uma grande poesia, mas tem algo de poesia nesta conversa.
2 Reforçando: não foi intencional.
3 Pedi permissão à "S@M@R@ :( :( :(", para colar a conversa aqui.

Em que ficamos



Parti os nossos corações,
Mas dos pedaços fiz um...
Que seja teu.
Quanto a mim...
Sigo sem poder amar.

domingo, 21 de setembro de 2008

Dilema



Não posso continuar assim...

Viver em função de você
É desistir de mim


Não quero mais te querer...

Mas é tão ruim
Viver sem você


Não sei o que devo fazer...

O que pode tirar de mim
Este amor por você?


Qual rumo devo escolher?

Devo desistir de mim
Ou esquecer de você?

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Desentendimento



Pisei no freio,
O sinal fechou pra nós
Quando estávamos a sós,
Fiz um gesto feio

E foi em cheio,
Acertei teu ego
E eu não nego,
Senti dor no peito

Foi o efeito
Desse feio gesto,
Feito indigesto,
Mas "tá feito"!

Te quero bem



Eu não quero te ver mal
Quero te ver sempre bem
Quando você fica mal
Não consigo ficar bem
Mal pra você é mal pra mim
Bem pra você, pra mim também
Entre nós é sempre assim
Só porque te quero bem


Esta é dedicada à primeira e única "Queijo com Goiabada". Sem a sua amizade, sem a sua atenção, sem o seu carinho, sem as suas piadas, sem os seus olhares de reprovação, sem as suas reclamações sobre a minha postura... (puxa! Só de pensar já dá um banzo.) eu não seria tão feliz.
Obs.: "Queijo com Goiabada", para quem não sabe, é outro título da "Anjo-guria da Guarda" Aline Donato.
Adoro você! Sua amizade é muito especial.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Coração de poeta



Eu sei que não sou poeta, o coração é que insiste com essa idéia. Eu não sou romântico, sou grosso (um estúpido) e até mesmo chato e insensível. Mas não sei o que se passa no meu peito agora, deu pra bater diferente: pensa que pode amar.

"Já tentei ser de amores, mas só tive dores". Dizem que nada é tão ruim como amar sem ser amado; pior é quando não se tem vocação para o amor, e eu não tenho. Não sei fazer carinho, paquerar é complicado, suportar cenas de ciúmes é problemático, conhecer a família da pretendida é maçante. Não sei pra quê foram inventar esta coisa de amor, eu poderia viver bem sem ele; mas o danado do coração enveredou por estes lados... Deus me acuda!

Começou com um olhar, e o coração percebeu alguém. Ela era linda; linda demais para mim, nem me deu bola. Daí, passada a mofinez da rejeição, partimos para outra. E a vida foi mais grata desta vez. A moça retornou o olhar, sorriu e veio andando na minha direção. Puxa, é agora! Um abraço! ... tão cedo? Ela esbarrou em mim e caiu; era cega e não havia sorrido pra mim. Ela estava feliz, pois seu pai estava chegando pra levá-la pra casa. Quase acabei com a alegria dela... Eu a ajudei a levantar e a conduzi até o carro, pedindo desculpas. Ficamos amigos (até que eu tive alguma sorte).

Fiquei um tempo bolando uma forma de suprimir essa coisa toda de amor, mas o coração vadio quis encher-se de poesia. E lá vamos nós. Poesia pra aqui, poesia pra lá; para bonitas e para feias (tinha que acertar em alguém), para loiras e morenas, para quem me dissesse "oi" ou "ninguém merece" (somente para garotas, claro). Até que um dia... Tcharam! Coloquei um blog e comecei a divulgar minhas poesias junto com alguns "textos perdidos". E o coração continua querendo amar, e não deixa de pensar que sou poeta.

Qualquer semelhança é mera coincidência.

Sonhei



Sonhei que te perdi
De agonia acordei
De tristeza até chorei
Mas você estava ali

Quando pude então te ver
Tive paz para dormir
E deitei-me a sorrir

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O nosso amor



O nosso amor é assim
Mal cabe dentro de mim
É intenso e forte
É vida e morte
É história sem fim


Obs.: São poucas palavras para muito sentimento, mas é sempre assim. E é bom que assim seja; ruim é quando ocorre o inverso.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Por onde você for



Por onde você for
Que o teu sorriso lindo te acompanhe
Que muitos mais amigos você ganhe
Que nunca te abandone o amor

Por onde você for
Que cada amanhecer seja melhor
E a vida não te deixe ficar só
Que tenhas dos abraços o calor

Por onde você for
Não deixe de lembrar um só instante
Que você deve olhar sempre adiante
Deixando para trás o que passou

Por onde você for, leve este poema consigo.


Obs.: este poema foi composto originalmente como um recado do Orkut que enviei para alguém especial.
Conselho: quando você fizer algo por alguém que você acredita ser especial, não espere retorno, faça apenas por sentir que a pessoa é especial.

Incolor (Sem motivo)



Meu velho violão desafinou
A vida para mim perdeu a cor
A dor é o que me resta de você
Mas eu ainda insisto em te querer

Não canto mais, parei de escrever
À noite não assisto mais tevê
É triste, mas não vivo com rancor
Não sei qual foi o bem que te faltou

Bem querer, não foi...


Incolor: Título sugerido por Aline Donato (o "Anjo-guria da Guarda" de sempre).

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A história da sua vida



A vida, como toda boa história, tem início, meio e fim. E assim como as melhores tramas, deixa aquele gostinho de "deveria ter uma continuação"; e pode ter. Mesmo quem já se foi permanece vivo: alguns se imortalizam por suas obras, outros são imortalizados em obras de terceiros, e os mais sortudos (às vezes menos ilustres) continuam vivos na memória de quem os amou. Enquanto vivemos aqui, deixamos marcas (de alegria ou de tristeza), impressões (verdadeiras ou falsas), exemplos (do que se deve fazer ou não), lições (de vida ou de morte), memórias (boas ou ruins), histórias (de sucesso ou de fracasso) que mais tarde serão lidas por alguém.

Agora mesmo você está escrevendo mais um "capítulo" da sua vida. Talvez você esteja numa "cena" de pouca importância (apenas mais uma navegada na Internet) ou, quem sabe, de "segunda importância" (buscando inspiração para dizer algo a alguém) ou ainda de "primeira importância" (estava prestes a cometer suicídio, mas resolveu deixar pra mais tarde) ou algo assim. Não importa em que cena esteja, todas terão uma seqüência e poderão chegar a um desfecho hilariante ou emocionante ou trágico; você é quem decide: a caneta está na sua mão (ou "seus dedos estão sobre o teclado").

Experimente escrever algo engraçado, que te faça rir sozinho, que te faça chorar de rir; ou escreva algo romântico, que te toque o coração, que te faça amar; ou escreva alguns conselhos sobre uma alimentação saudável, relacionamentos ou sucesso profissional; ou escreva o nascimento de uma nova vida, o retorno de quem estava ausente (sua volta ao lar), a vitória do seu time de coração, a cura do parente doente, sua benção sobre o casamento de um filho, a festa do seu aniversário de casamento, o pedido de perdão aos ofendidos, o abraço na pessoa amada.

Deixe uma bela história para a posteridade. E, quando estiver "escrevendo", lembre-se de caprichar na escrita, pois na vida não há "Delete", "Backspace", "Erroex" nem "borracha".

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Não vou cobrar de você



Não vou cobrar de você
O beijo que me negou
O dia que esqueceu
O sonho que não sonhou
A flor que não recebeu
O afago que me faltou
Carta que não escreveu
Cartão que nunca mandou
Não faço por merecer
Não vou cobrar de você
O amor com que não me amou

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Caindo no esquecimento



Hoje cheguei do trabalho muito estressado. Quase sempre chego assim, mas não é todo dia que se leva uma advertência; eu não devia ter acordado hoje ou, pelo menos, não devia ter ido trabalhar.

Assim que cheguei em casa, o vizinho me disse que cortaram minha luz, chegar a noite em casa e ficar no escuro ou à luz de velas ou de um candeeiro, sem televisão, sem computador e sem poder abrir a geladeira muitas vezes (embora nem sempre encontre o que comer ou beber dentro dela, exceto água) é algo insuportável, mas vou ter que superar isso também.

Chequei a caixa de correspondências e vi que o carteiro "trabalhou pra mim" hoje. Muitas cartas: cartas de bancos, das operadoras dos cartões de crédito, do candidato do partido tal, e uma carta de uma Maria que eu não conheço; não sei pra quem ela queria mandar essas cartas (todas vêm endereçadas ao "Papai"), mas chegam no meu endereço. Já joguei muitas fora, mas vou abrir esta. Vejamos o que diz:

"Querido papai, hoje estou completando treze anos. A mamãe pediu pra eu desistir de escrever pra você, mas eu não canso de escrever ou de esperar uma carta sua. Faz dez anos que o senhor foi embora; eu nem lembro da sua voz, mas eu gostaria de ouví-la cantando 'Parabéns' pra mim. Espero que um dia isso aconteça, também espero que o senhor esteja bem; esteja onde estiver.
A mamãe está em outro trabalho, e agora ela tem mais tempo pra mim. Se puder, venha nos visitar algum dia.
Beijos, da sua Maria."

Se eu fosse esse cara, voltaria pra família agora mesmo. A filhinha vai fazer treze anos, e ele nem mora aqui pra ler a carta. Se eu parecesse com ele, eu passaria alguns dias por lá; lá deve ter televisão, computador, geladeira e comida, e talvez tenham alguma bebida decente também. Mas não posso me passar por pai dessa menina.

Vejamos esta outra carta. O remetente tem o mesmo sobrenome que eu; será que é algum parente distante? Pode ser um golpista; mas se for, eu não tenho nem onde cair morto mesmo. A carta diz:

"Querido mano. Desculpe-me por não ter lembrado de enviar seus remédios para memória. Espero que não tenha esquecido de muita coisa, afinal, você deve estar sem tomá-los há uns 3 meses. Eles devem chegar três dias depois da carta. Minhas sinceras desculpas..."

Se eu não fosse macaco velho, eu cairia em uma dessas.

sábado, 23 de agosto de 2008

O beijo dos sonhos



Esse sorriso nervoso, essas bochechas vermelhas; será que ela não gostou do beijo? Eu devia pensar que sim, devia me preocupar apenas com o que eu senti; se ela achou ruim, problema dela. Mas eu sempre quero fazer tudo da melhor forma.

Lembro-me da primeira pipa que eu fiz, tão boa que os garotos mais velhos da turma me espancaram e a tomaram de mim. E os desenhos das aulas de artes, a professora dizia: "Você devia usar a sua criatividade, e não ficar copiando com carbono". Só porque eu desenhei uma capa idêntica à do gibi do Batman (tinha código de barras e tudo) apenas olhando por outra. Sem esquecer de como eu arrumava minha cama ao acordar, de como organizava meus brinquedos, como prestava atenção às aulas e, era capaz de ministrá-las na íntegra para os colegas que faltassem. Sempre me esforçando para ser o melhor possível. E agora não vai ser diferente.

Eu não vou perguntar a ela se ela gostou; fica chato, né? Eu nem sei o que fazer. Ops! O pai dela chegou; seria capaz de me castrar se sonhasse que eu acabei de beijar a filha dele. Então, é hora de ir. E vai ficar o dito pelo não dito. Acho que quando eu chegar em casa, ela vai ligar acabando o namoro ou então vai me pedir pra voltar correndo (assim que o pai dela dormir, claro). Ou esse beijo foi muito ruim ou foi muito bom.

Chegamos ao portão. É hora de dizer 'tchau'. Ela está me olhando como quem quer dizer algo. Eu não resisto a esse tipo de cena. Tenho que fazer alguma coisa; vou reagir.

Pergunto: "E aí? Nos saímos bem de 'primeiro beijo'"?

Ela diz: "Eu diria que você beijou muito mal, só pra pedir pra você tentar de novo, e repetir a dose"!

Que maravilha! Seria um final maravilhoso para esse encontro se eu não acordasse com minha mãe me chamando pra tomar café, e não estivesse agarrado com esse boneco do Rafael das Tartarugas Ninja. Será que eu beijei ele?

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

O que fizemos



O que fizemos de nós dois ontem e depois? Fizemos tudo menos o certo; deixamos de lado nossos sentimentos e desistimos dos nossos sonhos. Apostamos no individualismo egocêntrico, fizemos pouco caso dos nossos votos de fidelidade; rasgamos as fotos um do outro e queimamos os pedacinhos. E cada um quis seguir seu caminho, morremos ali.

Eu não paro de beber e já fumei tanto que nem sei se ainda tenho pulmões. Não pago as contas, me alimento muito mal, evito os amigos; nada tem graça sem você, é por isso que tento me destruir.

Você devia ter escolhido outra hora para partir, mas eu te perdôo; você não poderia evitar, ninguém poderia. Agora eu estou pensando alto aqui neste ônibus e o passageiro do lado, não sei se você escutou, disse baixinho: "Você deveria tentar reatar com ela". Ele está quase certo; eu tentaria se você não estivesse nesta urna e, eu não estivesse indo te espalhar nas águas daquele lago do parque onde nos encontramos pela primeira vez.

O que fizemos de nós dois?

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

A morte do garoto soltador de pipas



O garoto que solta pipa sobre a lage do seu barraco é inocente. Ele não sabe que seu irmão mais velho é traficante (culpado), ele não imagina que sua irmã é usuária de drogas (vítima do tráfico?) e esposa (cúmplice) de bandido (culpado), ele nem sonha que seu tio é o chefe do tráfico (culpado) no morro.
Ele é apenas uma criança: brinca, se diverte, ri. Não brinca com o perigo, não precisa de drogas pra se divertir e nem ri das desgraças dos outros: ele é inocente.
Mas a vida é mesmo estranha (injusta). Um dia a polícia entra no morro: vai fazer justiça. Os policiais mandam o aviso:
- Estamos indo buscar "o nosso".
Os traficantes respodem:
- Pode vir, pode chegar!
E eles se encontram, e a lei e o crime têm seu romance, mas todos sabemos que é uma relação baseada apenas em "interesses" e, não em sentimentos.
Os amantes estão frente a frente, ambos armados. Eles conversam, fazem contas e se desentendem:
- Tá faltando um pedaço aí! Diz a lei.
- Você devia se dar por satisfeito! Responde o crime.
A lei é dura, não cede fácil e insiste:
- Mais tarde eu venho apanhar o restante.
- Se vier vai 'apanhar' mesmo, e vai apanhar feio!! Diz o crime em tom de ameaça.
A lei responde:
- Você sabe que vai ter troco, né? Bateu, levou.
Os amantes se separam, estão brigados. Mas vão se reencontrar mais tarde.
De madrugada a lei volta. Vem de mansinho ganhando terreno. O crime percebe e reage: a guerra começa.
Daí são tiros, explosões e gritos. E foge o chefe do tráfico e, foge o ladrão e sua mulher usuária de drogas, e foge o traficante. Mas o garoto soltador de pipas fica: fica e morre.
E ficam as palavras a justificar os fatos: a lei "combate" o crime e, nesse combate, os culpados fogem e inocentes sempre morrem.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

O enigma da vida



Um viajante caminha pelo deserto. A água que carrega está por acabar, seus pés estão inchados e cheios de bolhas, seu rosto está queimado pelo sol. O calor lhe rouba as forças, mas ele prossegue, quer buscar o conhecimento para que possa dividi-lo com seu povo: quer refinar o conhecimento dos seus compatriotas.
Chega ao local indicado, deveria achar um templo ali, mas só vê ruínas. Daí ele exclama:
- Que vida difícil esta minha! Esperava achar um templo aqui e, passaria alguns dias aos pés do alto sacerdote aprendendo a cultivar o conhecimento, retendo os saberes que promovem a vida... e tudo o que acho aqui são estas ruínas!
De repente um redemoinho se forma, a areia sobe do chão e parece tomar forma. Uma esfinge surge e, com estrondoza voz, diz:
- Tenho para ti um enigma, viajante!
O homem cai sobre seu rosto e, apavorado, pensa:
- Venho buscar conhecimento, agora serei testado no que conheço...
A esfinge continua:
- Dois pais e dois filhos saíram para caçar búfalos. Cada um deles derrubou um búfalo e nenhum teve o mesmo por presa. Entretanto, somente três búfalos foram abatidos. Como se explica isto? Decifra-me ou devoro-te!
O homem responde rapidamente:
- Dois pais e dois filhos, três homens: Um avô, um filho e um neto!
- Muito bem, salvaste tua vida! Respondeu a esfinge.
O homem, então, diz:
- Oh, sábia esfinge! Não me tomes por insolente. Teu conhecimento é maior do que o meu, já que respondi teu enigma, poderias responder-me uma pergunta?
A esfinge concorda em responder e, o homem pergunta:
- Qual é o sentido da vida?
A resposta desta pergunta o faria um homem muito sábio, assim ele poderia guiar o seu povo na direção correta.
Então a esfinge responde:
- Morra e saberás.
E, matando-o, o devora.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Me jogar



Enquanto sinto o tempo passando
E vejo a luz de algo novo que virá
Sinto a angústia de estar amando
Sinto vontade de me jogar...

De me jogar do prédio no asfalto
De me jogar do barco no mar
De me jogar da ponte no rio
De me jogar nos teus braços e sonhar...

De me jogar na terra e renascer
De me jogar no vento e me espalhar
De me jogar nas nuvens e chover
De te jogar na cama e te amar...

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Querer bem desquerendo



Não entendo você. Diz que me quer, mas insiste em não querer. Fala que sente saudades, mas me impede de te ver. Faz tudo ao avêsso do que diz e ainda reclama dizendo que eu não fiz o que você me pediu pra não fazer. Se eu faço, estou contrariando. Se não faço, devia estar concordando. Mas essa lógica do querer bem desquerendo é tão estranha que dá medo, porém cada vez te quero mais e, você cada vez mais me quer mais ou menos: Me quer bem desquerendo.
Um dia sou amor, outro dia sou amigo e, às vezes sou um estranho. E você reclama que não te dou atenção, não sei amar. Diz que vivo distante, não sou um bom amigo. Mas quando me aproximo você me rejeita, não passo de um estranho pra você. Querer bem desquerendo é complicado, mas eu te quero sempre e você quase me quer sempre.
Eu te quero querendo: Te elogio (nada mais do que você merece), escrevo poemas, canto pra você, faço aqueles olhares de quem quer bem, te peço abraços e beijos, te conto histórias e te faço dengos. Você me diz que eu trato todas as outras assim, mas se houvessem outras não diriam isso. Você diz que eu não faço nada que demonstre que eu te quero, que tudo é a minha rotina e que eu não sinto nada do que eu digo que sinto. Pergunta de onde eu extraí minhas frases românticas, mas reclama quando não digo alguma. Faz cena de ciúmes, mas me deixa de lado quando quer. Você me quer bem desquerendo.

sábado, 12 de julho de 2008

Lizarb



Vivemos em um lugar estranho. Um lugar onde o que é natural precisa estar numa cartilha e, só é aceito (ou quase) por meio de imposição. Mundo onde os ricos não cometem crimes - são santos, justos e perfeitos - mas dos pobres se diz que o fato de existirem já é um crime. Terra onde o errado é coisa de esperto e o certo é coisa de otário.
É estranho ver o trabalhador se esforçar para cumprir um horário rigoroso e receber um salário "mínimo", que diga-se de passagem é de fato mínimo, enquanto políticos corruptos engordam com o dinheiro do povo e culpam o próprio povo por sua condição miserável. Me assusta saber que alguém do governo possa rebaixar uma instituição de ensino público, reduzindo vagas de certa área do ensino, para garantir clientela às instituições privadas. Me enoja assistir às atrocidades que são cometidas aqui: pais que matam filhos, filhos que matam pais, dólares nas cuecas de alguém (que nojo!), garotos descerebrados que espancam um rapaz na saída da balada, policiais despreparados (e cegos) que atiram num carro parado que conduzia uma mulher e duas crianças... é tudo tão absurdo. Vivemos em uma Utopia às avessas.
Alguns dizem que o inferno é aqui na terra, eu digo mais: Fica situado na América do Sul, alguns chamam-no de Pindorama, e é governado pela entidade conhecida como Lú[la]cifer.
Como cantava o Renato Russo: Que país é esse?! E ele morreu perguntando.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Guerra



Quando a guerra acabar restarão muitos corpos ensopados de sangue em meio ao entulho. Não estarei lá para ver qual bandeira tremulará, quisera ver a da paz tremulando hoje. Um pouco mais e o som das bombas cessará, mas as mães desfilhadas ainda prantearão e os órfãos gritarão por seus pais que a guerra roubou.
Quantos tombam nas trincheiras nem sabem qual a razão de tanto ódio: Ontem éramos todos irmãos, hoje somos inimigos: Cada um que chame o outro de bastardo. Afinal, quem acredita que a guerra é o caminho para estabelecer a paz? Será que existe alguém tão estúpido assim? Penso que não.
Um dia a terra, já cansada de beber o sangue de tantos homens, abrirá sua boca e engolirá os restantes e, nunca mais se fará guerra.
Haja paz entre os homens!
(Mestre Iscmoh)

terça-feira, 1 de julho de 2008

Desculpe-me



Escrevi uma carta que dizia "adeus". Mas ela não pôde mostrar minhas lágrimas e, apesar da letra tremida, pouco expressou dessa minha tristeza incontida. Mesmo que a carta seja inexpressiva, não havia como ser diferente, despedidas são sempre tristes. Eu não estava sorrindo ao escrever aquelas linhas.
Não sei se você notou, mas no segundo parágrafo há um borrado estranho após os "dois pontos" na primeira linha. É que lembrei de você e fiquei pensando em nós. Tudo era tão bom que me fazia crer que era pra sempre, mas os dias deram conta de me decepcionar, de te decepcionar, de nos afastar pra sempre. Acreditamos um no outro, porém acreditar não foi o suficiente.
Aquela carta foi o modo que achei de evitar olhar nos teus olhos antes de partir. Não suportaria ver teu rosto de novo, isso me faria querer ficar e tentar outra vez. E eu não acho que um grande número de tentativas levaria ao sucesso, não no nosso caso.
Sei que pedir desculpas não resolve muita coisa, mas não posso evitar: Desculpe-me, professora, mas não sei concluir uma redação e não vou continuar tentando.
Espero que me compreenda.

terça-feira, 24 de junho de 2008

A folha



Ao olhar aquela triste folha, amarelada pelo tempo, pendendo num fino fio que insistia em ligá-la ao galho, vi minha própria existência e saudei com respeito aquela folha moribunda.
Tão passageira é a vida que nem nos damos conta da brevidade dos nossos dias, quando tentamos calculá-los já pusemos um pé na cova e, o outro prepara-se para chegar lá.
A infância, despreocupada e doce, anseia tanto pela juventude que passa como um raio. A juventude é igualmente efêmera e esvai-se enquanto nos prendemos às frivolidades. Chegamos à idade adulta e as preocupações nos tomam a mente: cuidados com o trabalho, família & Cia, caso não nos tenham roubado uma das fases anteriores, ocupam os dias dessa fase da vida. Enfim, já velhos, sentimos o peso dos dias perdidos de cada fase anterior e, enquanto pensamos em quanto tempo perdemos a morte chega-se tão devagarinho e, depressa, nos leva.
Mas aquela folha não pensava assim, pendia presa por um fio, talvez um fio de esperança de que fosse notada na passagem por essa efêmera vida.
Aproveitar cada momento dessa vida, não gastar um instante sequer com futilidades. Fazer de cada queda uma lição, de cada sonho um objetivo, de cada obstáculo um trampolim para saltar adiante e continuar vivendo, ainda que seja apenas um fio de vida que nos reste... talvez viver seja algo assim. Aquela folha é que o sabia.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Mal-entendido



Hoje conheci uma garota incrível. Tinha um olhar penetrante, um sorriso misterioso, era maravilhosamente linda. Seus cabelos eram castanho-escuros e cacheados e, emolduravam um lindo rosto bronzeado. Cheguei mais perto e puxei conversa, ela me ouviu, mas nada respondeu. Passei algum tempo tentando chamar-lhe a atenção com canções e poemas, contei até piadas e convidei-a para passear. Fiz o que pude, de nada adiantou.
Eu não sou de desistir fácil, continuei investindo e procurando oportunidades, por fim declarei: "Você é a moça mais linda que eu já vi em toda minha vida. Desde o primeiro olhar me achei perdido de amores por ti!".
E continuei ali parado esperando uma resposta. Ela permaneceu em silêncio, mas aquele sorriso maravilhoso parecia ser a resposta. Na minha espera, pessoas foram chegando ao redor e nos cercando. Não havia como ela permancer em silêncio por mais tempo, pensei comigo. De repente, algo quebrou o clima.
- Parado aí! Mãos na cabeça! Encostado na parede!
Eram vozes masculinas e eu esperava a voz doce da moça. Mas tive que dar atenção àqueles intrometidos e quando me dei conta, estava sendo detido pela segurança do museu. Disseram que estavam observando minhas ações desde que eu me aproximei do quadro.
A moça linda, que me roubou o coração, era um óleo sobre tela de um pintor do qual esqueço o nome. E eu fui levado sob custódia como suspeito de roubar obras de arte.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

A corrida pela vida



Além de ser tão miúdo, não poderia se distingüir em meio àquela multidão, pois todos tinham a mesma aparência e corriam na mesma direção. Era apenas mais um em meio a uma nuvem de iguais, iguais na aparência e no objetivo de vida. Mas ele prosseguiu e lutou.
E foi avançando e ganhando posições, até se ver com poucos concorrentes. Estava perto de terminar sua carreira e colocou sua vida nesse último esforço. E lá vai ele, aproxima-se da linha de chegada, rompe a barreira e BUMMM! Houve uma explosão de vida.
Uma única explosão gerou incontáveis possibilidades. E ele, que era só mais um, conseguiu gerar algo novo e único. E essa novidade, essa nova criatura também se engaja numa corrida: Outra corrida pela vida.
A corrida pela vida é uma corrida mista: Ora requer velocidade, ora requer resistência; Às vezes se enfrenta obstáculos, outras vezes se faz revezamento e cabe à posteridade continuar correndo.
Assim corre o ciclo das gerações, assim você veio ao mundo e chegou a ser o que é: Um ser único... correndo pela vida.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Epístola aos loucos



Dos sete sábios chineses, o oitavo era um louco tibetano. Esse oitavo concluiu que a terra era redonda e achatada nas "quinas" e que a matéria era formada de partículas "indivisíveis" formadas por outras partículas menores que por sua vez eram formadas por outras ainda menores, todas invisíveis. Mas é certo que existem.
Um dia esse oitavo sábio chinês, que era um louco tibetano, chegou a entender que todas as formas de vida evoluíram a partir de uma sopa de letrinhas, da qual alguém comeu várias letras restando apenas três: D, N e A. Ainda chegou a declarar que tanto os homens quanto os símios tiveram um antepassado comum, além da ameba primeva da qual surgiram todas as formas de vida, um primata primevo: um cara baixinho e peludo com cara de macaco, mas que era gente boa e nunca fez mal a ninguém. Diz-se que parecia com os atuais muriquis.
O mesmo sábio profetizou que o Brasil seria descoberto por chineses, esquimós, vikings, fenícios e espanhóis. Estes últimos cobririam o Brasil novamente para que os portugueses pudessem redescobri-lo.
A sua maior descoberta, que revoltou os outros sete, foi o ateísmo: Ele declarou que toda divindade é invenção humana e não se deve dar crédito a nenhuma delas. Mas como ele também era humano, concluiu que o seu ateísmo era uma invenção humana e não se devia aceitá-lo como verdade. Depois ele inventou o "Relativismo Absoluto" e mandou toda certeza às favas, amenizando as dúvidas. Tudo agora é relativo, menos o relativismo, visto que é tido como absoluto.
Por fim ele se suicidou, casou-se com uma das sete virgens do paraíso que eram reservadas ao seu primo terrorista, voltou a morar em Campina Grande e psicografou o texto que você acabou de ler.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Siga em frente



Eu estava um bocado triste, muito preocupado e com poucas chances de resolver tantos problemas de uma vez só. Resolvi dar uma volta de carro. Saí como se fosse para algum lugar, indo para lugar nenhum.
Passei um sinal fechado e quase atropelei uma velhinha em cima da faixa de pedestres, só descobri isso depois que a multa chegou.Mas eu estava querendo acabar com a minha vida e, não com a dos outros. Pratiquei direção perigosa em várias modalidades, estive perto de bater em outros veículos, mas não consegui me destruir. Até achei que mesmo se o carro batesse eu escaparia.
Continuei vagando, só parei pra reabastecer. Saindo do posto, tomei uma rodovia federal, ia correr até onde desse pra fazer minha vida parar. E segui assim até que pensei em desistir de tudo, largar o carro ali mesmo e esperar a morte chegar. Pedi uma resposta a Deus. Nunca lembrava dele, mas nessas horas a gente apela pra tudo. Não demorou, veio a resposta: Siga em frente! Era uma placa comum (apesar de inesperada) plantada à margem da rodovia, mas eu interpretei que devia continuar a viver.
Fiquei tão feliz com a resposta que fiz uma curva sem querer. Entrei numa estrada a esquerda e nem percebi, apenas pensava na "resposta". De repente vi uma luz muito forte, quase fiquei cego. Daí eu disse:
- Deus, eu entendi a resposta da placa. Não precisa explicar pessoalmente.
Acordei duas semanas depois num hospital, com várias fraturas e muita vontade de viver.
Deus não queria mesmo que eu tivesse feito aquela curva.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Não queria que tivesse sido assim



Eu não sou a sombra que você viu. Eu não sou a luz que você queria ver. Sou um vulto triste passando nesse teu olhar cheio de lágrimas que eu não quis provocar, mas provoquei. Sempre fui aquele medo de que tudo desse errado, mesmo quando tudo parecia que ia dar certo. Sou a dúvida que esfria o teu amor, que apaga tua paixão. Não queria ser assim, mas sou o avesso do que eu quis pra mim, do que eu quis pra nós.
Nem poema nem canção, sou conversa de bar: Dispensável, mas sempre presente. Nem sonho nem pesadêlo, sou a personificação da insônia que te secou os olhos durante as noites e te trouxe lágrimas durante as manhãs. Não queria ser assim, mas faz parte de mim e não consigo mudar.
Quando você precisou de um ombro pra chorar, dei de ombros e te deixei na mão. Quando precisou de conselhos, te dei desaforos. Quando você quis sorrir, te fiz chorar. Não queria te fazer sofrer, mas nem sempre consigo ser normal. Tenho que ser esse monstro, preciso ser essa aberração. Uma coisa é certa, você não foi a primeira a se decepcionar comigo, mas foi a única que me aturou por mais de uma noite e uma manhã.
Meus vícios te incomodavam e eu nem aí. Nunca cumpri horários, nunca lembrei do teu aniversário. Chegar atrasado é pouco, às vezes eu nem aparecia. E você me suportando, até que eu disse: Basta! Não precisa viver assim, até eu tou com raiva de mim. Seja feliz!
E você se foi e foi feliz, mas eu não queria que tivesse sido assim.

terça-feira, 20 de maio de 2008

As aparências enganam



As mãos tremiam, frias e suadas. Era a sua primeira vez, a primeira vez que matava alguém. Aquele sentimento novo era um misto de liberdade e culpa, ela sentía-se diferente da menina meiga e paciente que sempre foi. Agora parecia mais forte. Será? Na verdade tinha uma aparência ameaçadora. Olhos esbugalhados (não acreditava no que havia feito), postura que lembrava um zumbi (o fato de ser esguia ajudava nesse sentido), cabelos engrenhados, andar trôpego. Não era uma heroína, era uma menina meiga e paciente que havia matado alguém e, estava tão assustada com isso que se transfigurara.
Quantas vezes havia passado por aquele caminho e quantas vezes havia cruzado com aquele homem? Ele sempre a elogiava e, apesar de ele ser um homem e ela uma bela jovem, nunca havia se insinuado para ela. A respeitava como a uma filha. Ela por sua vez o admirava muito, o via como um grande homem, um herói. Ela o amava secretamente, sentía-se presa àquele sentimento e temia que fosse a público. Não queria que ele soubesse, pois ele era mais velho que ela e não faria caso dos seus sentimentos, assim ela pensava. E quanto mais o tempo passava, mais aumentava a força daquele sentimento, agora havia ciúme, a paixão tomara conta dela. Sabe-se que certos sentimentos quando não expressados tornam-se mais fortes, crescem desordenadamente como células cancerígenas. As conseqüências daquele turbilhão de sentimentos eram imprevisíveis, mas aparentemente ela se continha.
Naquele fatídico dia, ela estava passando pelo caminho de sempre quando o viu de mãos dadas com outra moça que aparentava ter a sua idade. Ele a tratava carinhosamente, fazía-lhe cafunés, ambos riam muito, pareciam mais um "casal satisfeito". Ela não suportou ver aquela cena. Sempre se esquivara de declarar o que sentia, achava que não seria levada a sério, mas agora havia visto uma moça como ela sendo tratada carinhosamente pelo homem ao qual amava.
"Se não pode ser meu, não será de ninguém!". Com essa frase ela retornou a sua casa, tomou a arma de seu pai, voltou ao local onde a cena ainda se desdobrava e, quando os dois se despediram, esperou que a moça tomasse um ônibus e aproximando-se do amor da sua vida, matou-o friamente. Atingiu-o a queima-roupa no peito. E agora estava lá, parada junto ao corpo, sentido-se livre da prisão dos sentimentos. Mas algo lhe fazia sentir culpa. O coração nem sempre se engana...
A polícia chegou ao local, interrogou-a. Ela nada respondeu, mas não precisava de confissão para ser detida, foi pega em flagrante. Minutos depois da chegada da polícia, a moça de antes aparece aos prantos e grita, desesperada, chamando por seu tio. Era uma sobrinha que a pouco veio visitar o tio carinhoso e brincalhão e agora o via estendido no chão. E a culpa da meiga e paciente assassina tinha um motivo.
De fato as aparências enganam.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Sem título



Eu comecei a escrever este texto pensando no que poderia escrever. Eu poderia escrever sobre as belezas naturais do nosso país ou sobre a devastação de nossas matas, poluição dos nossos rios, extinção de várias espécies de nossa fauna. Poderia criar várias linhas defendendo os "avanços" da nossa economia ou colocar outras tantas que mostrassem como isso não influi nem contribui (positivamente) para o bem estar da multidão dos nossos menos favorecidos (i.e. pobres e mizeráveis). Poderia discorrer sobre os padrões da nossa educação (se é que existem) ou escrever um texto de deboche sobre o líder da nação que vive a torturar a nossa língua portuguesa (se bem que quase ninguém por aqui sabe falar bem, mas ele exagera). Poderia falar dos nossos digníssimos representantes políticos, tão pratiotas quanto nós, tão bem intencionados quanto nós, tão mentirosos quanto nós, afinal são brasileiros (e não desistem nunca?). Mas não vou perder meu tempo falando dos problemas dos políticos, pois eles também não perdem tempo discutindo os problemas do povo.
Bem que eu poderia dedicar o texto aos últimos furos de reportagem, falar de qualquer casal que matou uma criança, falar da descriminalização da maconha, falar dos prós e contras do regime de cotas. Poderia fazer um jornal, nem muito sensacionalista (já basta os que circulam por aí) nem muito realista, pois a realidade é pior ainda (dependendo do contexto, é claro).
Eu poderia digitar trocentas linhas sobre realidades e ilusões, experiências e expectativas, sonhos e pesadelos 'etc' e 'tal' (piada boba). Mas não vou escrever sobre nada do que citei, nem sobre assuntos que você esteja pensando. Na realidade eu queria escrever mesmo é sobre o que eu poderia escrever e, nem listei muitos temas pra não criar um monstro de letrinhas.
Pois bem, aí está o texto sobre o que eu poderia escrever. Boa leitura!

sábado, 10 de maio de 2008

Feliz Dia das Mães



Lembre-se de que ela já te carregou no colo, passou noites sem dormir para que você dormisse bem. Quando você veio ao mundo, o mundo dela mudou. Ela tinha que te dar atenção e ela sabia bem como fazer isso.
Lembre-se de que ela sempre soube o que era melhor pra você, os conselhos dela até hoje te servem. Ela foi a tua primeira professora, te ensinou a andar e a falar. Ainda hoje ela te dá lições importantes.
Lembre-se de que ela também foi tua enfermeira e médica, e nenhum desses profissionais teria tanto cuidado como ela sempre teve com você. Ela ainda se preocupa com você e ainda cuidaria de você com o mesmo carinho.
Enfim, só mesmo uma mãe sabe como cuidar bem dos filhos. Agradeça à sua mãe por tudo o que ela te fez.
A todas as mães um Feliz Dia das Mães!

sábado, 3 de maio de 2008

[Fwd] MEME



Olha o MEME aí.
O objetivo é criar uma frase com os nomes dos parceiros do blog.

Fui encomendar algumas peças de artesanato no Ateliê Virtual e acabei passando no Templo do Paladyno, onde dizem que foram achados os Textos Perdidos.

Para a mãe



Havia um brilho no sorriso dela que ninguém sabia definir, era lindo aquele sorriso. Ao pegar a primeira “cria” nos braços, sorriu como nunca. Parecia ter conquistado o mundo.

Ela sempre foi especial, além de bela era inteligente e tinha uma presença de espírito que a tornava venerável. Às vezes era misteriosa, parecia saber de tudo, parecia prever os fatos, parecia dominar o tempo. Mas o tempo foi passando e vieram outros tantos filhos, a prole chegava a cinco crianças e por aí parou.

Mas vida dela não parou por aí. Tinha que criar os filhos. E foi trabalhar, mas os filhos estavam ali precisando da atenção que só ela podia dar. Ela fazia o que podia para cuidar dos cinco. E o tempo continou correndo...

Ela agora parecia cansada, os filhos crescidos aprenderam a ler e escrever e, mais tarde, a trabalhar (correram com o tempo). Hoje a filha mais velha já é mãe, o segundo filho casou-se, o terceiro está para casar e os dois mais novos conseguiram ingressar no ensino superior, buscam uma graduação. E ela? Ela agora é avó e ajuda a cuidar da neta. A vida vai seguindo...

O brilho daquele sorriso está um tanto ofuscado, as mãos esforçadas estão cansadas, há rugas no rosto, marcas do tempo. Por mais que o tempo passe, por mais que ele corra, ainda assim ele não pode ofuscar, apagar ou fazer-nos esquecer de um fato:

- Ela é a nossa mãe e nós a amamos!

Um dos teus filhos escreve por todos (um por todos e todos por um!).

sábado, 19 de abril de 2008

O último dia da minha vida



Um dia acordei pensando que ia morrer exatamente naquele dia. Fui me preparando pra enfrentar o último dia da minha vida.
Fiz uma oração ao levantar da cama, tomei meu banho pensando no dia anterior. Me preparei para o trabalho, vesti a farda, peguei minha bolsa e, antes de sair beijei a testa da minha mãe, pedi sua benção e disse que a amava.
Fui a pé ao trabalho, como fazia todos os dias. Atravessei a rodovia pensando:
- Será que vou morrer agora? Serei atropelado? Será que a roda daquela carreta vai se desprender e me atingir? O que vai me acontecer agora?
Caminhei até a empresa onde trabalhava, cheguei lá ileso. Saudei o vigilante com um "bom dia", também aos companheiros do escritório e do setor de produção. Entrei para minha sala, iniciei meu expediente.
A rotina era a seguinte: Iniciar os computadores; verificar tarefas pendentes na bandeja de correspondência e no quadro de avisos; checar emails; emitir relatórios para a primeira reunião do dia. Tudo isso era feito entre uma emissão de nota fiscal e outra. Às vezes apareciam tarefas extras como redigir uma carta, memorando ou coisa parecida.
Fiz tudo com o maior esmero, tratei as pessoas da melhor forma possível e encerrei o expediente com uma sensação de “dever cumprido”. Agradeci a Deus por concluir o expediente e me despedi dos colegas de trabalho.
Ao voltar para casa, eu percorreria o mesmo caminho só que no sentido inverso. Voltei pensando:
- Desta vez eu não escapo!
Ao chegar no ponto em que atravessaria a rodovia, vi-me com mais chances de morrer. O movimento de automóveis era bem maior. Virei-me e olhei para o sol que morria no horizonte, suspirei. Voltei-me para a rodovia e iniciei a travessia.
O coração acelerou e a medida em que os veículos passavam eu pensava em como havia me comportado naquele dia.
- Até que não me saí mal. Pensei.
De repente havia terminado a travessia, com mais alguns minutos me vi chegar em casa. Jantei, agradeci a minha mãe pelo jantar e fui conversar um bocado com meus irmãos (nunca havia valorizado tanto esses momentos). Deitei-me para dormir, esperei o sono chegar e continuava a me sentir vivo. O sono chegou.
Adormeci pensando em tudo o que aconteceu e acordei com o seguinte pensamento:
Deve-se viver cada dia como se fosse o último.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Vida e propósito



O discípulo chega ao pé do mestre iluminado e pergunta:
- Qual deve ser o propósito da minha jornada?
O mestre responde:
- Isso é algo que só você poderá responder, mas terá que caminhar muito até que descubra.
O discípulo, insatisfeito com a resposta, levanta outra questão:
- E qual é o propósito da sua jornada, mestre?
O mestre olha para o discípulo e, com um olhar sereno, ri.
- Sabe há quanto tempo venho peregrinando, meu filho?
- Não, mestre. Há pouco comecei a te seguir. Não sei o tempo das tuas peregrinações e contemplação.
- Pois é, meu filho. Já tenho setenta anos de peregrinação. Desde os catorze anos tenho buscado a iluminação. Já enfrentei muitos obstáculos: Fome, guerras, doenças, oposição de falsos irmãos, prisões e, até cheguei a questionar o motivo da minha jornada por várias vezes. Passei por todas essas coisas e sei que ainda passarei por muitas outras.
O discípulo ouvia tudo com atenção, mas queria tanto ter a sua pergunta respondida que não pensou duas vezes antes de interromper seu mestre.
- Quero saber o motivo da sua jornada mestre e não a sua história de vida!
O mestre permaneceu com o mesmo ar de serenidade e continuou:
- Você já pensou no motivo pelo qual o rio corre desde as montanhas para desaguar no mar ou por que as folhas caem e se deixam levar pelo vento?
O discípulo não pareceu satisfeito com as palavras do mestre. Não tinha uma resposta concreta. Mas o mestre ainda não havia terminado o discurso.
- Minha jornada não tem motivo. Ela é o motivo. O motivo pelo qual me disponho a ouvir os que lamentam e lhes dar consolo, o motivo pelo qual reparto meu pão com os famintos, o motivo pelo qual me esforço dia após dia. Tudo o que quero é concluir minha jornada e ela não tem motivos, ela é o motivo. Considerando que minha jornada é a minha vida, o motivo pelo qual exercito a caridade é simplesmente poque existo. O fato de estar vivo, de ter essa dádiva que é a vida, me motiva a cada nascer do sol, me faz querer deixar um legado incorruptível para a posteridade: O entendimento de que a vida é motivo pelo qual se deve exercer a caridade, não importa quão difícil seja essa vida.
O discípulo calou-se. Agora começava descobrir a resposta para seus próprios questionamentos.
A vida é o motivo para o exercício da caridade. (Mestre Iscmoh)

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Vidagame



Sempre quis ser forte, o mais forte da turma. Essa sempre foi a minha maior fraqueza. Eu pensava na vida como um jogo eletrônico, em parte eu estava certo, mas nunca reparei que não havia um save, um load save, um memory stick, um botão de power ou de reset. Assim fui trilhando o caminho que me parecia mais fácil, até notar a ausência desses recursos no meu jogo, errr... quiz dizer, na minha vida.
Começou com a perda de alguns companheiros de jogo, eles se iam e não voltavam. Aí percebi algo estranho: Nesse jogo você já começa na vida 0 (zero) e não há como voltar de um save point após a perda dessa vida.
Mas continuei jogando.
A próxima descoberta foi a quantidade infinita de desafios, sub-chefes e chefes que esse jogo tem e, uma infinidade de fases. Mas eu estava achando o máximo, ganhando levels e "itens", fui evoluindo. Alguns itens foram se tornando indispensáveis, pois me permitiam fazer grandes viagens e até entrar em mundos alternativos. Havia cogumelos que davam vida, pó que permitia fazer viagens entre mundos, tinha até um cigarro de erva que possibilitava algumas viagens (esse era muito utilizado) com a vantagem de se sofrer menos danos (era o que diziam).
Quando cheguei no level 999 (20 anos, talvez mais cedo que muitos) meu jogo travou. Não sei qual foi o motivo, mas meu char acabou em uma tal de clínica de desintoxicação. Foi lá que alguém me disse uma frase interessante: "Não JOGUE sua vida fora!"
Graças a Deus que eu não cheguei ao fim do jogo, alguns amigos viram a tela de Game Over[dose] e se foram, para tristeza de suas famílias.
Então é isso. A vida tem mesmo desafios e fases, mas é bem diferente dos games. Hoje eu digo: Viva intensamente, mas não jogue sua vida fora!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Você se foi



Você se foi...
E agora? Quem vai rir das minhas piadas sem graça? Quem vai me chamar de bobo e reclamar dos meus cafunés mal feitos? Quem será meu motivo de chegar mais cedo? Quem vai me pedir, com tanta doçura, que eu falte a um compromisso importante? Quem vai reclamar do meu atraso e, me pedir um beijo como compensação? Quem vai ler os meus rascunhos e corrigir os meus erros de português?
Meu mundo está confuso. Nunca pensei que alguém fosse me fazer tanta falta. Mas também nunca pensei que poderia te perder.
Você sempre esteve ali, ao meu lado. Parecia possuir a eternidade, sempre me acompanhando como se fosse a minha própria sombra (porém você brilhava). Seus sussurros mudavam o curso das minhas atitudes, seus conselhos me enobreciam a alma, seus carinhos me renovavam as forças, seu amor me fazia sentir que a vida vale a pena. Mas agora questiono o valor da vida. Será que vale a pena continuar sem você?
Você citaria Fernando Pessoa: "Tudo vale a pena se a alma não é pequena". Mas o que dava volume a essa minha alma mesquinha era o vulto da tua existência. E você se foi...
Eu ainda estou aqui contando os meus dedos, olhando para minhas mãos como quem procura algo. Quem dera pudesse te trazer de volta!
Ainda toco a campainha quando chego em casa à tardinha. Ainda peço pizza pra dois e, ainda compro flores e bombons nas datas especiais. Ainda sou o mesmo bobo contando piadas sem graça e ainda não aprendi a fazer cafunés. Tudo parece estar do mesmo jeito, contudo a tua ausência faz toda a diferença.
A tua partida levou a minha vida. O que resta de mim? Sou apenas um zumbi vagando, uma alma penada perdida no mundo dos vivos.
Você se foi, mas eu também morri.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Covardia



Eu não devia estar lá, mas lá estava eu. Não tinha a intenção de chegar ali, mas ali cheguei. Olhei para um lado e para o outro e tudo o que vi foi o meu reflexo turvo num espelho empoeirado.
- Será que eu estou tão mal assim? Pensei comigo mesmo. E na verdade estava pior do que parecia.
Porém, pensando bem... O que me garante que eu tenha estado lá ou que tenha chegado ali ou ainda, que aquele reflexo era meu?
O vento é minha testemunha, o solo debaixo dos meus pés também. É uma pena que eles sempre se calem na hora em que eu mais preciso deles. Eu não puxei aquele gatilho, eu não fiz aquele corpo tombar, inerte. Não era eu. Ou será que era? Podia ser você também e eu poderia ser aquele corpo. Não me diga que não tem motivos pra isso. Quando não temos motivos acabamos criando vários deles. Eu também não tinha motivos.
Será que eu não sou o corpo inerte? Confesse que atirou em mim, eu vou te dar o meu perdão. Por que você está calado? Você é o corpo inerte?! O sangue sobre o seu peito e a palidez do seu rosto não negam. E a arma? Meu Deus!! A arma está na minha mão!! Como pude fazer isso? Que covardia!
Vamos rever o quadro. Minha mão, minha arma, um espelho empoeirado, meu rosto pálido, meu peito ensangüentado... espera!!
Meu rosto pálido e meu peito ensangüentado!? Sim, são meus! Tudo meu, então eu atirei em mim?! Covardia!

(14/11/2007)

Bem vindos!



Este é o meu primeiro post e o meu primeiro blog também.
Este espaço vai abrigar diversos "retalhos" de textos de minha autoria. Espero que vocês apreciem.
Fiquem com Deus.

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