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quinta-feira, 26 de março de 2015

Dia desses



Atílio, Nestor e José conversando sobre a dura vida do brasileiro.

Atílio, revoltado, resmungou: 
— E o preço da gasolina, hein, Nestor?!

Nestor, indiferente diz: 
— Sei lá, Atílio. Ando de bicicleta ou a pé. Não vejo diferença. 
Agora, me diz uma coisa, José. E essa cesta básica, hein? Tá quase virando punhado básico…

José interrompe: 
— Não me faz falta, Nestor. Passo fome desde a inauguração de Brasília. E se eu tivesse dinheiro pra um litro de gasolina que fosse, ensoparia meus trapos e tacaria fogo em meus restos viventes…

Atílio e Nestor exclamam a uma: 
— Com que isqueiro?! 
— Com que fósforos?!

José responde com um sorriso maroto: 
— O que não faltam são bitucas, caros amigos.

Todos suspiram aliviados. E cada um vai para sua mansão, casa e praça, respectivamente.


Obs.: O aniversário de José e de Brasília é coincidente, nada mais que isso. Vai dizer que nenhum brasileiro sofredor nasceu naquele 21 de abril de 1960? 
O triste é que o José vem sofrendo desde o berço (se é que ele teve um).


terça-feira, 17 de março de 2015

Pela glória



Que ideias que nada! 
É o discurso inflamado que nos move, 
Inda que mostre-se vazio de sentido. 
Que ideais coisa nenhuma! 
É pelas cores das bandeiras que lutamos, 
Mesmo que estejam encardidas de desvios. 
Que vida que vivemos! 
Que morte morreremos! 
Que herança que deixamos? 
Que história escreveremos? 
Que lástima!


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Jumento Brasilino



O jumento Brasilino, 
Brasileiro que só ele, 
Pensou-se sabido e forte; 
Quis o dono que escolhesse. 
Mas o azar lhe foi destino 
E só más escolhas teve.

De primeira foi dum velho, 
Luiz do Bucho Furado; 
Falastrão, mas cabra esperto 
Fez-lhe logo de empregado. 
Brasilino, sem descanso, 
Tornou rico o iletrado.

De Luiz passou-se a Vana, 
Mulher ruim, dura na queda. 
Mas já veio meio frouxo 
E o serviço não deu trégua. 
Brasilino, haja a sofrer 
Quase morre o fi duma égua.

E se diz em Trapiá 
Que já busca outro dono. 
Quer de Vana escapar, 
Só não sabe quando e como. 
Se alguém aqui quiser, 
Seja do jumento o dono. 


(Mestre Kinho Fidabrão)

Publiquei este aqui.

O pseudônimo "Mestre Kinho Fidabrão" tem uma explicação: o título "Mestre" é algo que costumo usar, especialmente ao tratar com pessoas do meu convívio "trabalhístico" (e é algo que pego emprestado da fala do matuto). Kinho, além de ser o apelido (quase nome) de um colega de trabalho, é como soa o final do diminutivo de meu próprio nome. E, por fim, Fidabrão — Fi[lho] de Abrão/Abraão — é outra pista do meu nome.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Acalanto



Dorme, criança 
Nos braços da mãe faminta 
Agarrada a um peito seco.

Sonha, criança 
Que há leite e inda há vida 
Que é teu quarto esse beco.

Dorme, pequena 
Tua mãe cessou os rogos 
Entregou-se e foi-se em paz.

Dorme, serena 
Nunca mais abras teus olhos 
Deixa o mundo triste e vai.



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