Sofremos do mesmo mal
Todos, cada um, cada qual
Sentimos pena do ego,
Amamos os nossos vícios;
Nosso ‘bom senso’ é cego,
Nossa razão é hospício.
Nossas ideias são loucas
E as poucas boas — tão soltas —
Ladeiam um precipício.
Sofremos do mesmo mal
Todos, cada um, cada qual
Queremos ser os melhores
Naquilo que não fazemos
E o que fazemos é pobre,
Nosso esforço é pequeno.
Perdemos a nossa vida
E vendo que está perdida
Nem resgatá-la queremos.
Nós somos tolos mesquinhos
Seguindo por descaminhos,
Somos o mal que sofremos.
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