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sábado, 28 de fevereiro de 2009

Folia



Vocês fazem a sua folia
E eu a minha.

A de vocês é de beber e de dançar,
De ir atrás do trio
Ou ver o carnaval do Rio,
Fazer o que o corpo aguentar.

A minha é menos vista;
É de ler e escrever,
Imaginar, sonhar, prever,
Criar e recriar a vida.

Todos queremos driblar a sina
De todo pobre, que é sofrer.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A Cova



Cavei uma cova, mas não sou coveiro.
Cavei-a, não por um capricho ou devaneio,
Pois queria depositar algo nela;
Queria enterrar meus fracassos e mazelas.
Tentei, lutei, suei e cansei...
Todo meu esforço foi em vão.

Tamanha era a carga que eu queria enterrar,
Que não coube na cova e tomou conta do cenário.
Aumentei a cova, escavei-a sem parar,
E o quintal da minha casa fez-se aterro sanitário.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Meu Amigo Mar



Fui ver o mar. Já estava em tempo de ir visitar o "meu analista"; fui apressado, acordei cedo para pegar o melhor horário, mas não levei tanta tralha quanto os "outros pacientes". O que levei mesmo foram os meus problemas de sempre: minhas preocupações, minhas frustrações, minhas paranóias etc. Estava disposto a expor ao "meu amigo" tudo o que me afligia a alma, e o fiz.

Ao chegar diante do mar, olhei para ele, que se estendia em todas as direções e parecia tocar o céu lá no horizonte, admirei aquela imensidão, reverenciei aquela beleza, meditei ouvindo o som das ondas quebrando na praia, deixei-me estar sentindo o vento varrer a nebulosidade que me envolvia até então, e depois dessa "preparação", levantei-me, corri em direção ao "meu amigo de água salgada", lancei-me num abraço e mergulhei para afogar minhas angústias, maus sentimentos, minhas mágoas.

Debaixo d'água, senti-me como um bebê no útero materno, estava sendo gerado de novo ali; depois passei a boiar por alguns instantes, e era como se estivesse deitado num berço tranquilo, sendo embalado por uma canção de ninar, o doce som do mar. Daí levantei-me daquele meu "batismo" e voltei à praia, novamente olhei para o mar e contei com sua cumplicidade; havia depositado nele a minha velha vida, para viver uma vida nova. Fiz-lhe uma reverência, despedi-me e fui-me embora.

Chegando em casa, renovado e livre dos pesares, cantei:

O mar levou as minhas mágoas
Ele lavou as minhas lágrimas;
Ao me banhar em suas águas,
Me refizeram, suas vagas.

O mar levou as minhas dores
E me curou dos meus temores;
Me fez de novo ver as cores
E fez sarar meu "mal de amores".

Nunca vou esquecer do dia em que fiz aquela visita ao meu amigo, ele me disse que tudo na vida tem sentido. E sempre que algo me perturbar ou algum problema me cercar não vou chorar, e ao sofrer não vou pensar em me matar... eu vou correr pra ver o mar.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Danado



Na minha humilde opinião,
Que vale menos que a de um cão,
A vida ensina a duras penas:
Quem vive a vida sem problemas,
Morre e não pega na lição.

Não vou mudar de opinião,
Já enterrei os pés no chão.
A vida é curta pra viver.
A morte chega e pra morrer
Basta estar vivo o "cristão".

Na minha frouxa opinião,
Que eu mudei por "um tostão",
Tudo o que disse, eu "desdigo";
Se me xingarem, eu não ligo,
Já garanti comprar meu pão.

Na derradeira falação,
A qual precede a "danação",
Eu não opino nem questiono;
O falatório deu-me um sono...
Pode avançar com meu caixão.

Quero votos



As intrigas que sustento,
Não lamento.
As mentiras que eu conto,
Não escondo.
As riquezas que consumo,
Não assumo.
Das suspeitas que levanto,
Não me espanto.
Aos prazeres me entrego,
Eu não nego.
O dinheiro que não gasto
Vira pasto.
O trabalho que inicio
Não termino.
Das promessas que eu faço
Tenho asco.

Partida



Querida vida,
Estou de partida;
Foi bom te ter, te conhecer,
Querida vida.

Esta partida
É tão dorida,
Pois vou perder o amanhecer
Sem despedida.

Que os amigos me perdoem,
Que os inimigos não caçoem,
Mas minha vida foi corrida
E eu de correr perdi a vida.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Lixão



Eu pus os olhos
E deu-me pus nos olhos;
Feriu-me a vista, olhar aquilo:
Restos de tudo e cacos de vida em meio ao lixo.

Resposta



Mas é claro que eu te amo
Não precisa perguntar;
Basta olhar para mim,
Basta notar meu agir
E fitar meu olhar.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Para uma guria



Estava tão distraído que esqueci de mim mesmo e quase não acordei a tempo de ir trabalhar. Consegui passar a roupa e me vestir, preparar meu café e consumi-lo; sendo que entre essas duas coisas, lembrei de tomar um banho. Pensei nas pendências do dia, pensei no que poderia fazer depois do trabalho, pensei em você.

Não queria ser tão piegas, mas doeu um bocado pensar em você. Foi como ter a ressaca de tomar uma grade de cerveja tendo bebido apenas um gole; se bem que nós dois sabemos que eu não bebo, e essa comparação ficou fantasiosa demais. Mas é isto. Eu continuo exagerando, minhas "viagens na maionese" têm sido mais frequentes, e tem sido difícil não ter com quem discutir minha "filosofia de beira de estrada"; tenho produzido muito nesses dias, só me falta alguém com ouvidos hábeis como os seus, para ouvir e ser capaz de rir e compreender ou não, e debater ou desistir de fazê-lo sem sentir-se incomodado... enfim, alguém que me suporte.

Às vezes eu sinto aquela vontade de cantar, mas sei que você não estará lá para acompanhar, atrapalhar, criticar, fazer barulho ou rir de mim. Que falta que você me faz. Está tudo "legião urbana", porque você não está por perto... Eu sei que a gente ainda vai voltar a se ver; sei que essa ausência não vai durar a vida inteira, só que eu não consigo evitar toda essa "crise de necessidade de você".

Estou esperando, contando os dias, pra te ver de novo. Quero mais da alegria que você traz no sorriso, da energia que você transmite em cada gesto, do calor do seu abraço sincero, das frases inesperadas e das caras e bocas... Também quero muito te dizer todas aquelas ambiguidades constrangedoras, pra te ver corar, e quero te fazer saber que a sua amizade é algo de valor inestimável. No uso das minhas atribuições, e lançando mão de termos mais conhecidos (a velha "frase batida"), posso dizer que... VOCÊ É UMA GURIAZINHA MUITO LEGALZINHA! Ou melhor, LEGALZONA.

Abraços.


Nota: O conteúdo das linhas acima é destinado à leitura e apreciação de quaisquer entendores e/ou adeptos da filosofia de vida e das expressões isaackianas.

Observações: De fato o texto, se é que pode ser chamado assim, parece uma redação infantil, mas faz parte das minhas "habilidades conhecidas", pensar como um guri de calças curtas.
Não, eu não recebi nenhum espírito... e também não sou pedófilo!
A guria em questão é maior de 18 anos. =D

Amor



Sou mais forte que a morte,
Sou o azar e sou a sorte;
Sou a vida e a fantasia,
Sou o riso e a alegria;
Sou o pranto e sou a dor;
O meu nome é AMOR.

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