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domingo, 15 de novembro de 2009

Conflito



Quero expulsar de mim 
Todo esse amor que me sufoca, 
Mas se ele escapa do meu peito 
Vira poemas e canções só pra você.

Assim vejo crescer 
— sem que exista outro jeito — 
Uma paixão que me esgota, 
Que escrevo em verso e vivo em prosa, 
Um bem querer que não tem fim.


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Enfeitiçado



Harpias não me arrebatarão 
Que já caí no teu encanto 
Nada mais vejo, nada mais ouço 
Só quero ir ao teu encontro

Sereias nunca me apanharão 
Que cego e surdo sigo sorrindo 
Tudo o que sinto é um amor louco 
Meu coração foi possuído


sábado, 17 de outubro de 2009

Amor pra vida toda



Quero viver cada momento, 
Tendo alento, seja com quem for; 
Quero voar igual ao vento 
E ter o tempo só pra o meu amor. 
Quero viver a cada dia 
A vida que sonharmos pra nós dois, 
Experimentar a alegria 
E não me preocupar com o depois. 
Quero que a vida seja boa 
Pra mim e pra quem me livrar da dor; 
Quero um amor pra vida toda, 
E a vida toda só pra esse amor.


sábado, 3 de outubro de 2009

Dengo



Um cafuné até que caía bem… 
Ou um abraço e um beijo do meu bem. 
De um mimo, de um carinho, de atenção, 
De um dengo é o que carece o coração.


sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Constatação



Os teus beijos doces se foram, 
Restou-me o amargor dessa solidão; 
Tua voz cristalina calou-se 
E o silêncio é dono da situação; 
Os dias escuros chegaram, 
Puseram em fuga o amor e a paixão, 
E os meus temores voltaram; 
Se vivo, se morro é tudo em vão. 
A vida perdeu o sentido, 
Porque não estás mais comigo, 
E tudo foi pura ilusão.


Ensejo



Boa noite!

Só vim pedir um pouco de sal. O meu acabou, e eu, desatento que sou, ainda não fiz a reposição da despensa. Pode ser sal marinho mesmo, sem problema.

É, eu costumo cozinhar de vez em quando. É um tipo de passatempo, a cozinha é uma excelente terapia; é nela que minimizo meu estresse. Melhor que cozinhar mesmo, só lavar os pratos depois, ao sabor de uma boa conversa.

Sim, você tem razão, eu moro sozinho. Então, estou preparando um jantar para dois, precisei de sal, você prontamente me atendeu e eu estou pensando numa forma de te recompensar. Assim sendo, e para ficarmos quites, além do sal que já me deu, você gostaria de me dar a honra de desfrutar a sua doce companhia?


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

No ápice



As emoções já se misturam 
Face ao esforço e ao cansaço; 
Elas se fundem, se encantam 
E vão tomando todo o espaço 
E evaporam e sobem alto 
E se condensam e se derramam 
E se amplificam num abraço, 
Num beijo viram oceano. 
E é amor tudo o que faço 
E é por amor que eu te chamo. 
Você me quer, vem pra os meus braços 
E os nossos corpos são dois vasos 
Que abrigam almas que se amam.

Nota: Texto originalmente escrito no dia vinte e sete de Agosto deste ano, durante mais uma noite de trabalho.


domingo, 13 de setembro de 2009

Mais um dia sem você



Acordei cantarolando alguma coisa, não lembro bem o que era, mas era algo que me lembrava você. Eu não estava feliz, apenas grato por ter conhecido alguém tão especial; ainda que este mesmo alguém não mais estivesse por perto...

Me explicando melhor: eu não poderia estar feliz, porque você não estava ali e era certo que nunca mais estaria. Ficou apenas a grata satisfação de ter encontrado uma pessoa tão maravilhosa nas suas qualidades e tão inexpressiva na arte de colecionar defeitos. Você podia não ser completamente perfeita, mas se a perfeição fosse o sol, você seria um belo facho de luz irradiado dele. Ter te conhecido, vivido ao teu lado, me força a ser grato a esta vida ingrata.

Lembro como você me chamava de bobo, especialmente quando eu conseguia corar teu rosto com minhas declarações de amor infantis e meus olhares de “me leva pra casa”; mas eu me sinto mesmo um bobo agora. Fui tapeado pela vida, tomei uma bela rasteira e tenho certeza de que nunca mais irei me levantar... ou pelo menos, não para estar ao teu lado. A vida deixou de valer a pena.

As estações mudaram (lembra?), mas eu permaneço estacionado no inverno. Sofro com as tempestades de lágrimas e os açoites dos gélidos ventos da solidão. Por não poder mudar o curso da história, sou apenas mais um espectador do meu drama, do meu primeiro e único longa (não tenho “orçamento” para realizar uma continuação). E não espero aplausos no final, pois a trama só fazia sentido enquanto você atuava ao meu lado. Sozinho sou apenas nada.

Queria te ter novamente, nem que fosse por apenas um dia (contanto que eu não vivesse além dele). Gostaria de poder andar ao teu lado, confessar o de sempre: meus defeitos, minhas loucuras e o grande amor que você plantou em mim. Adoraria ouvir o de sempre: sua voz, mesmo que me dissesse: “Deixa de ser bobo!”. Queria mesmo ter você comigo, minha vida; porém o que tenho hoje é mais um dia sem você.


Das minhas fantasias



Vi o meu triste reflexo 
 No pé de metal cromado da tua cadeira, 
 E assisti minha vida inteira 
 A mergulhar num mar complexo 
 De dúvidas sobre amor e sexo, 
 Num oceano de incertezas. 
 O nosso amor de brincadeira, 
 Que é de fato um amor sincero, 
 Já realiza o que eu quero: 
 Um grande amor pra vida inteira. 
 Mas penso, de qualquer maneira, 
 Se não estou a ser mesquinho 
 Em desejar (só um pouquinho) 
 Apimentar a brincadeira. 

Nota: Este foi escrito mês passado (a data exata é incerta) em um escritório; eu estava prestes a retomar minhas atividades de desenvolvedor web.

domingo, 9 de agosto de 2009

Incontrolável



Uma melodia confusa, 
Um ruído de explosão, 
É o que meu peito perturba… 
É o que há no meu coração, 
Que bate num descompasso; 
Que me faz abrir os braços, 
Fechar os olhos, 
Beijar seus lábios… 
Ser qual um raio, 
Incontrolável.


sábado, 8 de agosto de 2009

Depois do não



A minha poesia anda fria, 
Os versos não se casam com a rima. 
A vida esqueceu de ser feliz; 
Eu quis você, e você não me quis. 
Não devia ser assim, 
Mas você não disse “sim”.


terça-feira, 4 de agosto de 2009

Oscilações



Rindo, aceitou meu pedido. 
Aos berros, me pediu para ir; 
Chorando, me pediu pra voltar.


domingo, 2 de agosto de 2009

Andarilho



Quero olhar o horizonte 
E poder seguir andando; 
Quero ser um viajante, 
Quero caminhar cantando. 
Quero a liberdade pura 
De estar sob sol ou chuva 
Viajando sem destino; 
É meu sonho de menino, 
Desvendar da vida as curvas.


sábado, 1 de agosto de 2009

Falseando



 A mão que afaga 
 Está ligada 
 Ao coração que diz: 
 Sufoca! 
 Os lábios sussuram: 
 Te amo... 
 A alma berra: 
 Te mato!


domingo, 26 de julho de 2009

O teu quarto



 É um quarto trancado e mal iluminado, 
 Que abriga fotos velhas de caras nada sérias 
 — lembranças insistentes que mexem com a gente — 
 Canções, também poemas e alguns telefonemas; 
 E é todo esquisito: é mudo, mas dá gritos. 
 Já esteve enfeitado, mas hoje, abandonado, 
 Te pede socorro e aguarda teu retorno. 
 O quarto estranho, sem iluminação, 
 É algo que te dei... é o meu coração.



Nota: Às vezes me dou a liberdade de voltar à adolescência... =)



Me vejo só...

Me sinto só...

Não tenha dó;

Me deixe só.


segunda-feira, 20 de julho de 2009

Vontade de você



Acordei com vontade de você 
Com vontade de te ver e te abraçar 
Com vontade de me ver no teu olhar 
Com vontade de teus beijos receber 
Com vontade de poder te acarinhar 
Com vontade de nos braços te levar 
Com vontade de contigo partilhar 
Tudo aquilo que só sinto por você.


sexta-feira, 17 de julho de 2009

Pedinte



Atravesso as madrugadas,
Dobro a esquina da manhã;
Me arrasto nas calçadas,
Sinto o cheiro de maçã.
Me contorço num esforço
A buscar o que passou...
De uma noite mal dormida,
A fadiga é o que restou.
Vejo a luz do sol faceiro;
Benfazejo vento vem...
Traz perfumes de outras frutas,
Faz-me viajar também
No frescor de um dia lindo,
Que entorpece e consola;
Posso então dizer, sorrindo:
Por favor, dê-me uma esmola.


domingo, 21 de junho de 2009

Linda efêmera vida



A fumaça se desfaz no ar
E me lembra o curso desta vida;
Pois os dias correm sem parar
E a chegada abraça a partida.
Não há nada que possa evitar:
Toda a existência um dia finda;
Mas, ainda que se vá findar,
Esta vida que sinto pulsar
Nem por isso não será tão linda.


sábado, 20 de junho de 2009

Regresso



Só mais um pouco
E não vou mais sofrer.
A dor passará,
Um sorriso me virá aos lábios,
Os pesares se desfarão;
O coração estremecerá,
Mas de alegria e gratidão.
Os olhos rebrilharão,
As lágrimas fluirão,
Mas serão de alívio;
Tudo por estar vivo;
Tudo por poder voltar;
Tudo por estar contigo.


sábado, 13 de junho de 2009

Post mortem



O esquecimento é o cimento
Que cobre a minha sepultura.
Estou bem morto e enterrado;
Da sua vida fui tirado... por você.
E o sentimento é o tormento
Que estou sentindo neste inferno;
O amor, que começou tão belo,
Me queima e corrói o peito;
Mas acabou, não tem mais jeito.
O meu motivo pra viver... era ter você.


quinta-feira, 28 de maio de 2009

Como um sonho



Se você fosse sonho,
Não seria diferente.
Pois você já é incrivelmente bela
E, mesmo assim, intangível;
É aquela por quem suspiro,
É o aperto no meu peito,
É a força que me move,
Que me faz poetizar intensamente,
Que dá as notas da minha melodia,
As letras das minhas canções.
Você é o sol do meu meio-dia,
É cada dia dos meus verões;
Mas é também uma noturna brisa,
Que me perturba as seções da mente;
É um sentir que me comove,
É querer bem sem jeito,
É o ar que eu respiro,
É um alvo inatingível;
Pois você é incrivelmente bela,
Mas não seria diferente
Se você fosse um sonho.


domingo, 24 de maio de 2009

Enfrentando a chuva



Não há nada de ameaçador nestes ventos
E estas nuvens não são de nada;
Nem mesmo uma tempestade vai me impedir de querer
E eu só preciso de vontade para continuar.
O sol ainda brilha acima deste "maciço cinzento", não é?
Uma ou duas chuvas não desfazem um verão.
Abra sua porta também; vem, vamos sair.
Vamos brincar na chuva,
Vamos dançar na chuva,
Vamos zombar da chuva...
Até que venha o sol e nos dê o seu calor.


Nota: Escrito no primeiro dia de dezembro de dois mil e oito, concluído às treze horas e cinquenta e três minutos.
O que escrevi me é de muita valia hoje...
Acabo de me convidar a enfrentar, animosamente, os "dias chuvosos" que surgem na minha vida.


sábado, 23 de maio de 2009

Cinzento



Cinzento...
É como estou por dentro.
Não há um pensamento
Ou sentimento
Que seja alegre,
Que me carregue
Para o lado bom da vida;
Só sinto um ar de despedida,
Como se tudo o que mais amo
Já estivesse de partida.
E fico só...
Cinzento.


quarta-feira, 20 de maio de 2009

Acordando com você



O dia brilha pela janela,
O sol tenta nos despertar.
É, lá estamos nós
Deitados, abraçados,
De olhos fechados,
Sorrindo calados;
Temos um ao outro,
Temos tudo.


terça-feira, 12 de maio de 2009

Melancólico



Falta-me ânimo para tudo
E nada faço, me ponho estático.
Não sou de pedra nem sou de plástico,
Mas o desânimo me deixa mudo.

Inerte, espero que nada ocorra;
Que a vida siga o seu caminho.
Por este instante sou tão mesquinho;
Terei alívio... caso eu morra.


sábado, 9 de maio de 2009

O engenho



O engenho do meu peito
Mói um sentimento torto;
Há um cheiro de desgosto,
De amor e aperreio.
Tudo o que eu mais anseio
É me ver sorrir de novo,
E não ser nenhum estorvo
Para o bem-querer alheio.
Abro as portas do engenho
E desligo o maquinário;
E se vão os sentimentos
E eu sofro um desmaio.
Quando acordo novamente
O engenho está ligado;
E concluo finalmente:
Não se vive, minha gente,
Sem amar ou ser amado.


sábado, 2 de maio de 2009

Navegando em sentimentos



O instinto diz que é hora de seguir a razão
E instintivamente o faço;
Mudo a rota do barco,
Evito trilhar a senda da paixão.
Mas como na vida tudo é ilusão,
Minhas ações corretivas
São meras tentativas...
De novo estou à deriva
Num mar infinito de amor sem razão.


quarta-feira, 29 de abril de 2009

Poema de mistérios



Parabolicamente exata

Ou exatamente parabólica

É a minha trajetória insensata

Descrita em linguagem simbólica

Padrão de uma vida metafórica

Grafada em escrita estrambólica

No alto de alguma cruz ansata

Fazendo uma alusão eólica

Ao curso desta vida inexata.


segunda-feira, 27 de abril de 2009

Das trocas de olhares



Naquela troca de olhares,
Que fez as nossas almas se tocarem,
Havia uma ternura nas jóias que te enfeitam o rosto;
O carinho que senti no teu olhar deu-me tanto gosto.
Deixo nossas vidas se encontrarem,
Perdidas, nessas trocas de olhares.


domingo, 26 de abril de 2009

Nadar



Nada é como nadar.
Nado no nada,
Nado no ar...
Nado nada!
Não sei nadar.


quarta-feira, 22 de abril de 2009

Metamorfose



O ovo, que vira larva,
Vira crisálida
Que explode em borboleta;
E a horta atrás da casa,
Que estava pálida,
Num mar de cor festeja.
E a vida se transforma
De toda forma,
Qualquer vida que seja.


terça-feira, 21 de abril de 2009

Da minha Paixão



Te querer é um martírio,
Pois te ter é impossível;
Mas te quero.
Testemunho deste amor,
Que me causa tanta dor,
Não o renego.
Me dedico piamente:
Ponho nele corpo e mente;
Eu o prego.
Sigo estigmatizado,
Deste amor sou um escravo,
Mas me alegro.


domingo, 19 de abril de 2009

Do amor que sinto



A verdade é que eu minto,
Pois escondo o que sinto.
Dissimulo o sentimento,
Mesmo queimando por dentro,
Com meu coração eu brinco;
O amor não admito,
Mas eu sei que é infinito.


sábado, 18 de abril de 2009

Ardor de amar



O amor está no ar,
No ar também há dor;
Mas há ardor no amar
E a dor vira vapor:
No ar não há pavor,
Se há o ardor de amar.


sexta-feira, 17 de abril de 2009

Das Esperanças Frustradas



Alimentei minhas esperanças;
Engordei-as com meus sonhos...
Ficaram tão obesas e amarguradas
Que, frustradas, tombaram sobre mim.


terça-feira, 14 de abril de 2009

À Felicidade



Faz alguns dias que não tenho notícias tuas
E tudo o que posso fazer é sentir saudades;
Li tuas cartas dos dias passados,
Imaginei que estava ao teu lado,
Cantei nossas músicas,
Imitei tuas falas...
Doeu não te ter
Ali comigo...
Dói ainda...
E é isto.

domingo, 12 de abril de 2009

À Nossa Amizade



Àquela velha frase devo a vida que hoje vivo...

Nunca estou sozinho: tenho amigos!
Onde quer que esteja levo em meu peito
Seu carinho, seu amor e respeito,
Suas histórias, nossas aventuras,
As memórias até mesmo das loucuras.

Ainda que a distância nos separe,
Meus amigos sempre lembrarei;
Isto é a mais pura verdade:
Zelo pela amizade de vocês!
Abrigo em meu coração,
De cada um uma porção;
E por toda vida celebrarei...


Post-Scriptum: Um simples acróstico para celebrar.
Abraços aos amigos de ontem, hoje e hoje, que hoje é sempre.


sábado, 11 de abril de 2009

À beira da loucura



Hoje estou à beira da loucura;
Deixo os pés sentirem a correnteza,
E há de se notar que na leveza
Passo a ignorar a vida dura:
O amargor se torna em doçura
E no terror lampeja uma beleza.
Mas se restar em mim qualquer tristeza,
Mergulharei de vez nessa loucura.


quinta-feira, 9 de abril de 2009

Que parada é essa?



Ele estava animado. Recebeu um telefonema na noite anterior, teria uma entrevista de emprego na manhã seguinte; acordou com um roteiro de atividades mentalizado. Levantou cedo para comparecer a entrevista, tomou café, arrumou-se como pôde, conferiu os papéis, ensaiou algumas falas e saiu. Mas saiu sem pressa, estava tranquilo, tinha tempo para tudo.

Como era novo no bairro, teve que sair procurando a parada de ônibus que o levaria ao centro da cidade; avistou uma, não muito longe de sua casa, viu que havia um grupo de rapazes por lá e pensou que eles seriam capazes de ajudá-lo, dando as informações sobre as linhas de ônibus que atendiam ali.

Ao chegar mais perto, notou que os rapazes estavam conversando muito e rindo. Eles comentavam sobre a 'balada', mas isso não era do interesse dele. Chegou mais perto e esperou a oportunidade de perguntar algo a eles, que pareciam não dar espaço para interrupções no seu círculo de bate-papo.

Ele sentiu-se acanhado, não era dali, não conhecia ninguém e não tinha muito jeito para falar, mas ao encontrar a oportunidade, fez sua pergunta da melhor maneira que pôde. E que pergunta ele fez...

- Bom dia! 'Que parada é essa'?

Que resposta ele obteve...

- 'Que parada é essa o quê, merrmão'?!?!?! 'Qué encrespá, é'?!?

Os rapazes não esperaram resposta; avançaram sobre o pobre homem e o sovaram como massa de pão. Foram tantos socos e pontapés, que ele desmaiou só acordando duas horas depois, no hospital.

Com muita dificuldade, valendo-se da ajuda de vizinhos, foi até uma delegacia e prestou queixa. Tudo em vão. A patota era composta, em sua maioria, por menores de idade e o único indivíduo que não o era tinha algum parentesco bem próximo com o juiz mais respeitado daquela cidade. Resultado: todos prestaram depoimento e foram soltos em seguida.

E o homem? Ficou sem emprego, sem condições físicas e emocionais e sentiu-se desprovido da sua dignidade, pois fizeram pouco caso do prejuízo que ele sofreu.

Que parada é essa?!?! É a vida.


quarta-feira, 8 de abril de 2009

Da Minha Tristeza



Esta tristeza me enegrece a vista
E nada vejo além do lodo da sargeta.
É que sofrer não é o bom da vida,
Mas sempre existe essa escura faceta
E não se vive sem bem conhecê-la;
Eu nem por isso amaldiçoo a vida.


terça-feira, 7 de abril de 2009

Como Diz a Canção



Os teus rabiscos
Nas minhas folhas soltas de papel
Me ensinaram
Que eu também posso alcançar o céu.
O teu sorriso
E esse teu cantarolar risonho
Me arrebatam
E passo a viver aquele sonho.
Não há motivos
Para deixar de querer ser feliz;
O que eu preciso
É ter você como a canção nos diz...


domingo, 5 de abril de 2009

Madeira



Os anéis do teu tronco
Marcam o tempo, contam os anos.
Tuas folhas vivem pouco,
Mas ensinam muito ao povo.
Os teus frutos alimentam,
Tua sombra é amparo:
És amiga, mestra e mãe;
Nos acodem, teus cuidados.
E o que um mero homem,
Desprovido de afeto,
Faz de ti, querida amiga?
Vigas, ripas, caibros, teto?
Se o homem mata a mata,
Haverá um mata-mata;
Pois aquele que te mata
Morrerá depois, por certo.
Seja Jatobá ou Cedro,
Seja Ipê, seja Pau-ferro...
Seja lá qual for teu nome,
Deve muito a ti, o homem,
Mas te paga com um berro:

Madeeeeeeeiiiiiiiraaaa!!!


Nota: Se quiser pensar melhor sobre o assunto, siga os links abaixo.
SOS Mata Atlântica
WWF - Brasil
Ama Natureza


sexta-feira, 3 de abril de 2009

Tudo Novo



Novas praias
Novas caras
Novos ares
Novos mares
Novos pares
Nossas caras
Nessas praias

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Poetizando aos Quatro Ventos



Ao Bóreas, digo: Sê tu meu amigo,
Convida a amada a estar comigo.
Ao Nótus, declaro: Se a ti sou caro,
Leva a ela o calor de um abraço.
Ao Euros, proponho: Se tu és medonho,
Afugenta os males que roubam-lhe os sonhos.
Ao Zéfiro, brado: Se és delicado,
Faz com que ela sinta o meu afago!
E aos quatro ventos, bem alto, proclamo:
Guardem os passos daquela a quem amo!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Do Seu Amigo Anjo



Ainda estou aqui, olhando pra você;
Não dá pra perceber, mas eu estou aqui.
Sempre vou estar te vendo acordar
E ao você dormir seu sono vou velar,
Pois eu estou aqui, para te guardar.


Nota do autor: Dedico estes versos à minha querida amiga, Aline Donato.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Das Perdas Que Sofri



Perdi boa parte da vida tentando ganhar a vida;
Perdi um bocado de amigos tentando fazer amizades;
Perdi dinheiro tentando ganhar dinheiro;
Perdi o amor de alguém buscando alguém que me amasse;
Perdi tempo tentando correr atrás do tempo perdido;
Perdi a razão de viver tentando encontrar uma razão para estar vivo.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Paciente Terminal



Desisti de me curar dessa doença
De querer bem demais.
Talvez pra ela nem exista cura;
E ainda que pareça ser loucura,
Um certo bem estar ela me traz.

quinta-feira, 26 de março de 2009

A Caixola da Pandora



Na caixola da Pandora
demônios e defeitos,
Há um mar de preconceitos,
terror e pesadêlos.

Na caixola da Pandora
Não há cores nem há dia,
Não existe alegria,
Só um breu de agonia.

Na caixola da Pandora
fumaça e não há fogo;
Sua vida é um jogo
Onde o esperto vira bobo.

Na caixola da Pandora
Há constantes desafios,
E ela vive por um fio,
Já perdeu da vida o brio.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Vivendo e Aprendendo



Aprendi a sorrir com você;
Aprendi a amar com você;
Aprendi a sofrer com você;
Aprendi a chorar com você;
Aprendi a viver com você,
Não consigo viver sem você.

terça-feira, 24 de março de 2009

Sem Você



Deitado em minha cama
Eu penso em você;
Viajo nas lembranças,
Não posso esquecer.
Você que sempre esteve aqui comigo,
Você iluminou o meu caminho...
Mas hoje vivo tão sozinho,
Pois hoje sigo sem você.

domingo, 22 de março de 2009

Sempre Estarei Lá



Quando precisar de um amigo,
Estarei lá;
Quando precisar de um ombro para chorar,
Também estarei lá;
Quando precisar de companhia,
Lá estarei;
Quando quiser ficar sozinha,
Eu entenderei.
Quando não suportar a vida,
Estarei lá;
Quando a alegria enfim chegar,
Também estarei lá;
Quando sentir-se bem pequenina,
Lá estarei;
Quando der a volta por cima,
Te acompanharei.


Nota do autor: Amigos, amigos, amizades também inspiram poemas... E no caso foi para uma amiga que escrevi, a "Queijo com Goiabada" de hoje e hoje, que hoje é sempre.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Do Tempo



O pêndulo balança
Como o corpo de um enforcado;
E o tempo assim avança
Sem jamais ser estorvado.
Não se mata o velho tempo,
Mas perder um só momento
Pode ser muito arriscado.

O Adestrador de Cães



O adestrador de cães amador
Não quer saber o preço do meu terno,
Não me inveja por eu ter um carro novo,
Não deseja ter sapatos caros;
Só quer um lugar na praça,
Para exibir o seu trabalho.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Só há você



Só há você,
Aqui, agora e sempre
Pra eu querer.
Só há você...
De beijos e abraços,
Pra eu encher.
É só você,
Que contos e canções
Me faz lembrar.
Pois só você...
Não pede e mesmo assim
Me faz querer ficar.


Nota do autor: Já estou até cantando estes versos por aqui... me vieram com uma melodia... É de amolengar o coração...
Vivam e amem o quanto puderem, pois a vida passa.

terça-feira, 17 de março de 2009

Você me inspira



A minha poesia vem dos fios dos seus cabelos...
A minha melodia vem do som do seu sorriso...
A minha inspiração veio do seu rosto tão lindo...
A imaginaçao vai verso a verso construindo.
Poemas e canções são como fogos de artífício,
Que surgem ribombando a expressar os meus anseios.

Café da manhã



A cesta de frutas está sobre a mesa...
Belas maçãs, uvas e pêras;
Mas não há doçura nelas
Se você não está aqui.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Da Morte da Esperança



Eu nunca pensei em ser assassino e muito menos em matar alguém muito próximo, mas nunca se sabe o que pode acontecer neste mundo; eu sempre acreditei que fosse assim e agora tenho provas. Qualquer um de nós é capaz de praticar as maiores atrocidades, foi o que constatei; e o fiz da pior maneira possível.

Nasci um guri pobre, porém sonhador e muito esforçado. Dediquei-me aos estudos como pude. E ano após ano fui obtendo resultados satisfatórios, era o orgulho da família e um exemplo para muitos outros garotos. Nada denunciava que dentro de mim havia um assassino em potencial, pois até ali eu sempre agia cordialmente, dando valor à vida dos outros como dava à minha. Mas, ao que parece, tudo era um mero disfarce e, para minha triste surpresa, eu viria a me tornar o oposto de tudo o que havia sido até então.

Concluí o ensino médio (que era o "segundo grau" na época) e me preparava para prestar vestibular quando o primeiro sinal de minha mutação se manifestou: sentia medo de não alcançar meus objetivos, não conseguia confiar em mim, ou seja, me tornei um covarde e não há ato mais covarde do que tirar a vida de um indefeso, como eu chegaria a fazer mais tarde.

Mesmo não acreditando tanto em mim, fui ao local marcado e me submeti à prova para ingressar no ensino superior. Como eu havia imaginado, fui reprovado. E o pior é que depois desse fracasso toda a minha vida desandou, e fui indo de mau a pior. E a tragédia final, que me levou a cometer um ato insano, foi o rompimento com a minha primeira e única namorada; dali em diante me tornei esquivo em face às expressões de afeto, fossem de quem fossem, e me isolei dentro de mim mesmo, lamentando minhas misérias e adoecendo de uma amargura aguda.

O que passo a narrar agora é o desfecho final de minha história, bem como o ato que me privou da liberdade e tirou-me o resto de vida que eu ainda tinha...

Minha namorada, não suportando mais minhas atitudes absurdas (reclamações sem sentido, paranóias, complexo de inferioridade, ciúme excessivo) "deu-me baixa" do nosso compromisso e passou a me evitar de todas as maneiras possíveis. Ela era a última pessoa que ainda demonstrava acreditar em mim, pois eu mesmo parecia ter perdido a fé, ainda que eu não tivesse chegado ao fundo do poço. E aquilo foi a gota d'água, e como o resto da minha vida já estava descendo abismo abaixo, não temi (nem depois senti remorso, só um desengano) em acabar com quem sempre me fez olhar adiante e acreditar que eu era capaz.

Sem dar-lhe nenhuma chance de defesa, e aproveitando-me de sua fragilidade, dei-lhe um único golpe e levei-a à morte; desisti de mim, dei-me por vencido, vendi até a minha alma e acabei com todas as chances. Não havia ninguém mais próximo que ela, minha pobre esperança. Ela morreu por último, morreu pelas minhas próprias mãos, e agora eu vivo uma vida seca, sem sonhos nem planos ou uma fagulha de fé que seja. Não passo de um miserável, pois o que é um homem sem esperança?

sexta-feira, 13 de março de 2009

Poesia Doidivanas



As letras trocadas
     De uma carta louca
Me dizem tresloucadas
     Pra eu calar a boca
E soltar o verbo
     Em escrita viva
Sem deixar que a rima
     Seja voz furtiva.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Aos Amigos



Obrigado por me acolherem
Obrigado por me apoiarem
Obrigado por me abraçarem
Obrigado por me socorrerem

Obrigado por me ensinarem
Obrigado por me entreterem
Obrigado por me entenderem
Obrigado por me amarem

Muito obrigado, meus amigos!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Amor Arretado



Me encontrei no faiscar do seu olhar
Pra me perder no aconchego dos seus braços;
Me alimentei da doçura dos seus lábios,
Me amalgamei a você de corpo e alma.
Foi me acalmar pra depois perder a calma,
Pois com você a vida pulsa e é como o mar,
Que vem à praia para logo após voltar
E a cada dia quero estar com você.
Você me trouxe a vontade de viver
E sem você a minha vida vai parar.



Nota do autor: "Jeitim" de dizer que se "quer bem" no melhor estilo nordestino.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Finalidade



Gastei horas,
Dias,
Semanas,
Meses...
Quase um ano inteiro.
Fiz e refiz meus planos;
Sonhei e ressonhei meus sonhos;
O que pude fazer, fiz.
Dediquei-me até o limite.
E você pergunta: "A fim de quê?"
A fim de você.

domingo, 8 de março de 2009

Mulher



Mulher,
O que você é?
A bondade em pessoa
Ou uma "maldade boa"?
É a jóia da coroa
Ou é a "coroa inteira"?
É jeitosa e faceira
Ou malvada feiticeira?
Seja o que você for,
Só merece paz e amor
Que desfrute a vida inteira.

sábado, 7 de março de 2009

De Todas as Tentativas



Minha música alternativa
Não figura como alternativa
Nessa sua coleção particular;
Nem a minha poesia
Estará por cortesia
Nesse livro que você vai lançar.

Os meus quadros e papéis pintados,
Minhas esculturas e entalhes
São apenas um mero detalhe,
Não merecem sua atenção;
E se digo que foi por você
Que eu mandei um vídeo pra TV,
Você diz que devo esquecer
Essa minha "obsessão".

O Teu Retrato



Era só um retrato empoeirado,
Um pedaço esquecido do passado;
Era uma imagem desbotada
De uma face esquecida e evitada.
Era tudo o que não devia ser,
Pois se queria tanto te esquecer,
Não teria uma lembrança guardada.

domingo, 1 de março de 2009

A Lata de Biscoitos



Numa modesta aldeia de camponeses, várias famílias viviam em péssimas condições. Lutavam para sobreviver; plantavam numa terra mirrada, que pouco produzia e tentavam criar algum gado nas pastagens, quase sempre secas, daquele lugar quase ermo.

À entrada daquela aldeia passava uma estrada que saía de uma importante cidade. As pessoas da aldeia sentíam-se indignas de ir à cidade e tinham pouco ou quase nenhum contato com as pessoas de lá, que só conheciam de verem passar pela estrada. Até que um dia, uma grande catástrofe aconteceu por aquelas bandas e a aldeia foi varrida; a cidade suportou, afinal era guarnecida por muros e tinha abrigos seguros para os tempos de calamidade, eles também tinham por lá algumas outras provisões, como alimentos estocados, e puderam recuperar-se rapidamente após a catástrofe.

Um dia um homem ia passando pela estrada que saía da cidade e, à altura da aldeia, encontrou uma criança vestida de farrapos, muito suja e com a aparência de quem não se alimentava havia já algum tempo. O Homem aproximou-se e, notando que ela ardia em febre, tomou-a consigo e voltou para a cidade. Já recuperada, a criança teve que ser entregue a um orfanato, pois soube-se que apenas ela restara de sobrevivente dentre os moradores da aldeia.

Uma certa noite, no orfanato, houve uma entrega massiva de presentes. Vários pacotes chegaram e foram distribuídos entre as crianças. A pequena menina da aldeia recebeu uma lata de biscoitos, mas ela nunca havia visto algo igual e nem ao menos sabia o que eram biscoitos; mesmo assim ela ficou contente, e admirava os desenhos que haviam na lata.

Um pouco mais tarde, alguém que trabalhava ali viu como a menina se comportava com sua lata de biscoitos e perguntou-lhe se já havia comido algum. Ela respondeu que não, dizendo: "Não sabia que era algo de comer". Então abriram a lata, e a criança ficou mais feliz ainda. Com a boca cheia d'água ela olhava os biscoitos, seus olhos faiscavam e só havia alegria em seu rosto. Ela comeu, saciou-se e nunca mais esqueceu-se da alegria de ter recebido aquela lata de biscoitos.

É dizer: Saber o que fazer com o que recebemos, isto faz toda a diferença.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Folia



Vocês fazem a sua folia
E eu a minha.

A de vocês é de beber e de dançar,
De ir atrás do trio
Ou ver o carnaval do Rio,
Fazer o que o corpo aguentar.

A minha é menos vista;
É de ler e escrever,
Imaginar, sonhar, prever,
Criar e recriar a vida.

Todos queremos driblar a sina
De todo pobre, que é sofrer.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A Cova



Cavei uma cova, mas não sou coveiro.
Cavei-a, não por um capricho ou devaneio,
Pois queria depositar algo nela;
Queria enterrar meus fracassos e mazelas.
Tentei, lutei, suei e cansei...
Todo meu esforço foi em vão.

Tamanha era a carga que eu queria enterrar,
Que não coube na cova e tomou conta do cenário.
Aumentei a cova, escavei-a sem parar,
E o quintal da minha casa fez-se aterro sanitário.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Meu Amigo Mar



Fui ver o mar. Já estava em tempo de ir visitar o "meu analista"; fui apressado, acordei cedo para pegar o melhor horário, mas não levei tanta tralha quanto os "outros pacientes". O que levei mesmo foram os meus problemas de sempre: minhas preocupações, minhas frustrações, minhas paranóias etc. Estava disposto a expor ao "meu amigo" tudo o que me afligia a alma, e o fiz.

Ao chegar diante do mar, olhei para ele, que se estendia em todas as direções e parecia tocar o céu lá no horizonte, admirei aquela imensidão, reverenciei aquela beleza, meditei ouvindo o som das ondas quebrando na praia, deixei-me estar sentindo o vento varrer a nebulosidade que me envolvia até então, e depois dessa "preparação", levantei-me, corri em direção ao "meu amigo de água salgada", lancei-me num abraço e mergulhei para afogar minhas angústias, maus sentimentos, minhas mágoas.

Debaixo d'água, senti-me como um bebê no útero materno, estava sendo gerado de novo ali; depois passei a boiar por alguns instantes, e era como se estivesse deitado num berço tranquilo, sendo embalado por uma canção de ninar, o doce som do mar. Daí levantei-me daquele meu "batismo" e voltei à praia, novamente olhei para o mar e contei com sua cumplicidade; havia depositado nele a minha velha vida, para viver uma vida nova. Fiz-lhe uma reverência, despedi-me e fui-me embora.

Chegando em casa, renovado e livre dos pesares, cantei:

O mar levou as minhas mágoas
Ele lavou as minhas lágrimas;
Ao me banhar em suas águas,
Me refizeram, suas vagas.

O mar levou as minhas dores
E me curou dos meus temores;
Me fez de novo ver as cores
E fez sarar meu "mal de amores".

Nunca vou esquecer do dia em que fiz aquela visita ao meu amigo, ele me disse que tudo na vida tem sentido. E sempre que algo me perturbar ou algum problema me cercar não vou chorar, e ao sofrer não vou pensar em me matar... eu vou correr pra ver o mar.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Danado



Na minha humilde opinião,
Que vale menos que a de um cão,
A vida ensina a duras penas:
Quem vive a vida sem problemas,
Morre e não pega na lição.

Não vou mudar de opinião,
Já enterrei os pés no chão.
A vida é curta pra viver.
A morte chega e pra morrer
Basta estar vivo o "cristão".

Na minha frouxa opinião,
Que eu mudei por "um tostão",
Tudo o que disse, eu "desdigo";
Se me xingarem, eu não ligo,
Já garanti comprar meu pão.

Na derradeira falação,
A qual precede a "danação",
Eu não opino nem questiono;
O falatório deu-me um sono...
Pode avançar com meu caixão.

Quero votos



As intrigas que sustento,
Não lamento.
As mentiras que eu conto,
Não escondo.
As riquezas que consumo,
Não assumo.
Das suspeitas que levanto,
Não me espanto.
Aos prazeres me entrego,
Eu não nego.
O dinheiro que não gasto
Vira pasto.
O trabalho que inicio
Não termino.
Das promessas que eu faço
Tenho asco.

Partida



Querida vida,
Estou de partida;
Foi bom te ter, te conhecer,
Querida vida.

Esta partida
É tão dorida,
Pois vou perder o amanhecer
Sem despedida.

Que os amigos me perdoem,
Que os inimigos não caçoem,
Mas minha vida foi corrida
E eu de correr perdi a vida.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Lixão



Eu pus os olhos
E deu-me pus nos olhos;
Feriu-me a vista, olhar aquilo:
Restos de tudo e cacos de vida em meio ao lixo.

Resposta



Mas é claro que eu te amo
Não precisa perguntar;
Basta olhar para mim,
Basta notar meu agir
E fitar meu olhar.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Para uma guria



Estava tão distraído que esqueci de mim mesmo e quase não acordei a tempo de ir trabalhar. Consegui passar a roupa e me vestir, preparar meu café e consumi-lo; sendo que entre essas duas coisas, lembrei de tomar um banho. Pensei nas pendências do dia, pensei no que poderia fazer depois do trabalho, pensei em você.

Não queria ser tão piegas, mas doeu um bocado pensar em você. Foi como ter a ressaca de tomar uma grade de cerveja tendo bebido apenas um gole; se bem que nós dois sabemos que eu não bebo, e essa comparação ficou fantasiosa demais. Mas é isto. Eu continuo exagerando, minhas "viagens na maionese" têm sido mais frequentes, e tem sido difícil não ter com quem discutir minha "filosofia de beira de estrada"; tenho produzido muito nesses dias, só me falta alguém com ouvidos hábeis como os seus, para ouvir e ser capaz de rir e compreender ou não, e debater ou desistir de fazê-lo sem sentir-se incomodado... enfim, alguém que me suporte.

Às vezes eu sinto aquela vontade de cantar, mas sei que você não estará lá para acompanhar, atrapalhar, criticar, fazer barulho ou rir de mim. Que falta que você me faz. Está tudo "legião urbana", porque você não está por perto... Eu sei que a gente ainda vai voltar a se ver; sei que essa ausência não vai durar a vida inteira, só que eu não consigo evitar toda essa "crise de necessidade de você".

Estou esperando, contando os dias, pra te ver de novo. Quero mais da alegria que você traz no sorriso, da energia que você transmite em cada gesto, do calor do seu abraço sincero, das frases inesperadas e das caras e bocas... Também quero muito te dizer todas aquelas ambiguidades constrangedoras, pra te ver corar, e quero te fazer saber que a sua amizade é algo de valor inestimável. No uso das minhas atribuições, e lançando mão de termos mais conhecidos (a velha "frase batida"), posso dizer que... VOCÊ É UMA GURIAZINHA MUITO LEGALZINHA! Ou melhor, LEGALZONA.

Abraços.


Nota: O conteúdo das linhas acima é destinado à leitura e apreciação de quaisquer entendores e/ou adeptos da filosofia de vida e das expressões isaackianas.

Observações: De fato o texto, se é que pode ser chamado assim, parece uma redação infantil, mas faz parte das minhas "habilidades conhecidas", pensar como um guri de calças curtas.
Não, eu não recebi nenhum espírito... e também não sou pedófilo!
A guria em questão é maior de 18 anos. =D

Amor



Sou mais forte que a morte,
Sou o azar e sou a sorte;
Sou a vida e a fantasia,
Sou o riso e a alegria;
Sou o pranto e sou a dor;
O meu nome é AMOR.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Dor



Os cabelos pulam fora da cabeça,
Meu coração bate forte,
A minha face se distorce,
E por incrível que pareça
Isso não é a dor da morte;
É a de querer, com ânsia forte,
Que o meu coração te esqueça.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Conformado



Tudo o que tenho feito
É acumular expectativas,
Multiplicar a dor no peito...
É acreditar que ainda há jeito
Enquanto as brasas estão vivas...
É dar a face ao efeito
Do transbordar das tuas iras...
É aceitar tuas mentiras...
É receber-te no meu leito...
Deixar que acendas minha pira...
Leves teus planos a efeito.
E mesmo que me torne em cinzas,
Encontrarei ainda um meio
De perdoar os teus defeitos.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Pensamentos Dispersos



Ando tão disperso,
Que nem minhas meias verdades são mentiras completas
Nem minhas oposições são totalmente contrárias
Nem minhas suposições são parcialmente corretas.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Números



Uma vida
Duas faces da moeda
Três dimensões
Quatro estações
Cinco sentidos
Seis cordas do violão
Sete notas musicais
Oito bits em um byte
Nove musas
Dez mandamentos
Onze linhas até aqui.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Minha sina



Era minha sina
Me apaixonar pela menina,
Que de mulher só tinha a cisma,
O corpo, o riso, o olhar e a ira.
E eu nem trepei nem saí de cima;
Perdi um amor, mas ganhei a rima.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Seresta



Pisei no ar,
Caí no mar;
Não sei dançar,
Cantar não sei.
Mas já cheguei
Fazendo festa,
Da sua seresta
Eu sou o rei.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Dando um jeito



Dobrei,
Torci,
Apertei,
Até caber
No meu peito
O amor que sinto
Por você.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Do nosso discurso



Faltou em nós uma palavra;
Apenas uma palavrinha foi o que faltou.
Aquela bendita de quatro letras...
O que faltou em nós foi AMOR.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Da morte do trema



O trema morreu, mas o sabor e o som da linguiça ficaram intactos, cinquenta reais ainda valem por cinco notas de dez, os pinguins nem sentiram falta e sequestro continua sendo crime!

Afinal, pra que servia o trema mesmo? Tinha alguma coisa a ver com a independência de uma vogal, que nem por isso perdeu sua independência.

...

Saudades, trema! Você me rendeu muitos pontos nas redações e ditados.
Descanse em paz!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Tentando despistar



Apaguei os rastros,
Ocultei as evidências;
Só me resta a consciência,
E esta, sei que não apago.

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