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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Resoluto



Às vezes penso que morrer seria libertador. Mas que liberdade há em ser posto em um caixão, baixado em uma cova e enterrado? Viver é difícil, mas a gente, pelo menos, escolhe algumas coisas, tipo, coisas... né?

Enfim, eu gostaria muito de me dar por satisfeito com minha atuação neste mundo, mas me sinto preso e limitado a certas coisas como protocolos, classe social, meio de transporte e saldo de conta bancária (ou a insuficiência dele). Há quem não sinta o peso desses grilhões, mas eu sinto e até mesmo poderia citar um milhão (talvez mais, talvez menos) de elos dessa corrente que me aprisiona.

Decepções, falta de tempo (ou falta de noção do dele), desânimo, dentes tortos, calvície, a notável saliência abdominal, o sentimento de não ser bom o suficiente, a sensação de não ser bem recompensado quando sou bom em algo, a agonia da espera pelos outros, o desespero quando os outros esperam por mim, os constantes atrasos do 5204, o café que salta da caneca quando procuro me acomodar para consumi-lo, todas essas coisas e talvez mais outras (nem tudo se resume ao que pode ser dito) me prendem dia após dia, mas eu ainda tenho escolhas.

Escolho se vou lamentar ou agir, inclusive escolho a hora de agir ou lamentar. Escolho muitas outras coisas como enfrentar as situações, mesmo que as frustrações estejam a me lamber os calcanhares; escolho não contar o tempo (quando parece faltar) ou contá-lo (quando perco a noção dele). Escolho ceder à animação contagiante das pessoas próximas, sorrir, raspar o cabelo, praticar Hung Gar (se bem que ando ausente ultimamente...), ser bom em algo (independente da recompensa), correr feito um louco (e depois fingir que nem estava preocupado), pegar o 204 e saltar na Integração, limpar o café do chão.

Escolho ficar calado e ouvir; escolho as piadas inconvenientes e sem graça que conto (e as pessoas a quem devo contá-las). Escolho suco em vez de refrigerante, escolho música, poesia, livros etc.

Escolho viver.


sábado, 2 de fevereiro de 2013

À brinca



Mande prender 
O cabelo da menina, 
Nossa roupa no varal 
E o cachorro da vizinha,  
Que bagunça o meu quintal. 
Que se faça a justiça, 
Inda que de brincadeira. 
Que se siga a regra à risca 
Ou que, de qualquer maneira, 
Se insista em segui-la.

Mande soltar 
Papagaio, arraia, pipa; 
Que brinquedo não faz mal. 
Se fizer, chame a polícia, 
Mande cartas pro jornal. 
Que esse mal vire notícia, 
Pra ver se o bem se ajeita 
E acaba essa injustiça. 
Mesmo que de brincadeira, 
Quero a vida bem tranquila.


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