Eu tenho um sonho suspeito
De nunca se realizar
Eu tenho, por Deus, o direito
De muito querer acordar
Eu tenho passado e presente
Vontade de me enxergar
Não tenho futuro à frente
Nem crença em que me apegar
Vou solto no vento da vida
Nem sei onde um dia vai dar
Mas peço em prece esquecida
Que Deus não me deixe falhar
Sou estrela quase apagada
Sou vela a se apagar
Sou sol a se por pela estrada
Que ao fim vai me ver descansar
Escrevi esses versos anteontem, tomado de ansiedade. Eles refletem como me sinto nessa luta que travo comigo quase todos os dias, com mais ou menos intensidade, desde que me entendo por gente.