Eu não sou a sombra que você viu. Eu não sou a luz que você queria ver. Sou um vulto triste passando nesse teu olhar cheio de lágrimas que eu não quis provocar, mas provoquei. Sempre fui aquele medo de que tudo desse errado, mesmo quando tudo parecia que ia dar certo. Sou a dúvida que esfria o teu amor, que apaga tua paixão. Não queria ser assim, mas sou o avesso do que eu quis pra mim, do que eu quis pra nós.
Nem poema nem canção, sou conversa de bar: Dispensável, mas sempre presente. Nem sonho nem pesadêlo, sou a personificação da insônia que te secou os olhos durante as noites e te trouxe lágrimas durante as manhãs. Não queria ser assim, mas faz parte de mim e não consigo mudar.
Quando você precisou de um ombro pra chorar, dei de ombros e te deixei na mão. Quando precisou de conselhos, te dei desaforos. Quando você quis sorrir, te fiz chorar. Não queria te fazer sofrer, mas nem sempre consigo ser normal. Tenho que ser esse monstro, preciso ser essa aberração. Uma coisa é certa, você não foi a primeira a se decepcionar comigo, mas foi a única que me aturou por mais de uma noite e uma manhã.
Meus vícios te incomodavam e eu nem aí. Nunca cumpri horários, nunca lembrei do teu aniversário. Chegar atrasado é pouco, às vezes eu nem aparecia. E você me suportando, até que eu disse: Basta! Não precisa viver assim, até eu tou com raiva de mim. Seja feliz!
E você se foi e foi feliz, mas eu não queria que tivesse sido assim.
Pequeno corte em uma conversa com Mônica e Valéria.
Há 2 semanas
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