Escrevi uma carta que dizia "adeus". Mas ela não pôde mostrar minhas lágrimas e, apesar da letra tremida, pouco expressou dessa minha tristeza incontida. Mesmo que a carta seja inexpressiva, não havia como ser diferente, despedidas são sempre tristes. Eu não estava sorrindo ao escrever aquelas linhas.
Não sei se você notou, mas no segundo parágrafo há um borrado estranho após os "dois pontos" na primeira linha. É que lembrei de você e fiquei pensando em nós. Tudo era tão bom que me fazia crer que era pra sempre, mas os dias deram conta de me decepcionar, de te decepcionar, de nos afastar pra sempre. Acreditamos um no outro, porém acreditar não foi o suficiente.
Aquela carta foi o modo que achei de evitar olhar nos teus olhos antes de partir. Não suportaria ver teu rosto de novo, isso me faria querer ficar e tentar outra vez. E eu não acho que um grande número de tentativas levaria ao sucesso, não no nosso caso.
Sei que pedir desculpas não resolve muita coisa, mas não posso evitar: Desculpe-me, professora, mas não sei concluir uma redação e não vou continuar tentando.
Espero que me compreenda.
Pequeno corte em uma conversa com Mônica e Valéria.
Há 2 semanas
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