Nada diz do que sente de fato.
Ameaça morrer em meus braços,
Mas desvia o olhar do meu rosto
E se afasta de mim pouco a pouco.
Dá-se a me entreter com suas manhas.
Faz-me mosca em teia de aranha
E me arranha o peito e o juízo,
Mesmo a alma se achar preciso.
Faz de mim um brinquedo em seu jogo
E me deixa posando de bobo.
Mas se lhe dou afeto, se afasta,
Me abandona qual roupa já gasta.
Dispensado do seu figurino,
Sinto ser nada mais que um menino.
Quando ela voltar a ter fome,
O menino será o seu homem.