O jumento Brasilino,
Brasileiro que só ele,
Pensou-se sabido e forte;
Quis o dono que escolhesse.
Mas o azar lhe foi destino
E só más escolhas teve.
De primeira foi dum velho,
Luiz do Bucho Furado;
Falastrão, mas cabra esperto
Fez-lhe logo de empregado.
Brasilino, sem descanso,
Tornou rico o iletrado.
De Luiz passou-se a Vana,
Mulher ruim, dura na queda.
Mas já veio meio frouxo
E o serviço não deu trégua.
Brasilino, haja a sofrer
Quase morre o fi duma égua.
E se diz em Trapiá
Que já busca outro dono.
Quer de Vana escapar,
Só não sabe quando e como.
Se alguém aqui quiser,
Seja do jumento o dono.
(Mestre Kinho Fidabrão)
Publiquei este aqui.
O pseudônimo "Mestre Kinho Fidabrão" tem uma explicação: o título "Mestre" é algo que costumo usar, especialmente ao tratar com pessoas do meu convívio "trabalhístico" (e é algo que pego emprestado da fala do matuto). Kinho, além de ser o apelido (quase nome) de um colega de trabalho, é como soa o final do diminutivo de meu próprio nome. E, por fim, Fidabrão — Fi[lho] de Abrão/Abraão — é outra pista do meu nome.
1 comentários:
Quien lo sabe.
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