Um dia acordei pensando que ia morrer exatamente naquele dia. Fui me preparando pra enfrentar o último dia da minha vida.
Fiz uma oração ao levantar da cama, tomei meu banho pensando no dia anterior. Me preparei para o trabalho, vesti a farda, peguei minha bolsa e, antes de sair beijei a testa da minha mãe, pedi sua benção e disse que a amava.
Fui a pé ao trabalho, como fazia todos os dias. Atravessei a rodovia pensando:
- Será que vou morrer agora? Serei atropelado? Será que a roda daquela carreta vai se desprender e me atingir? O que vai me acontecer agora?
Caminhei até a empresa onde trabalhava, cheguei lá ileso. Saudei o vigilante com um "bom dia", também aos companheiros do escritório e do setor de produção. Entrei para minha sala, iniciei meu expediente.
A rotina era a seguinte: Iniciar os computadores; verificar tarefas pendentes na bandeja de correspondência e no quadro de avisos; checar emails; emitir relatórios para a primeira reunião do dia. Tudo isso era feito entre uma emissão de nota fiscal e outra. Às vezes apareciam tarefas extras como redigir uma carta, memorando ou coisa parecida.
Fiz tudo com o maior esmero, tratei as pessoas da melhor forma possível e encerrei o expediente com uma sensação de “dever cumprido”. Agradeci a Deus por concluir o expediente e me despedi dos colegas de trabalho.
Ao voltar para casa, eu percorreria o mesmo caminho só que no sentido inverso. Voltei pensando:
- Desta vez eu não escapo!
Ao chegar no ponto em que atravessaria a rodovia, vi-me com mais chances de morrer. O movimento de automóveis era bem maior. Virei-me e olhei para o sol que morria no horizonte, suspirei. Voltei-me para a rodovia e iniciei a travessia.
O coração acelerou e a medida em que os veículos passavam eu pensava em como havia me comportado naquele dia.
- Até que não me saí mal. Pensei.
De repente havia terminado a travessia, com mais alguns minutos me vi chegar em casa. Jantei, agradeci a minha mãe pelo jantar e fui conversar um bocado com meus irmãos (nunca havia valorizado tanto esses momentos). Deitei-me para dormir, esperei o sono chegar e continuava a me sentir vivo. O sono chegou.
Adormeci pensando em tudo o que aconteceu e acordei com o seguinte pensamento:
Deve-se viver cada dia como se fosse o último.
sábado, 19 de abril de 2008
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O último dia da minha vida
Perdido por Isaac Marinho às 18:16
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2 comentários:
Caramba...
Isto é verdade, deve-se viver cada dia como se fosse o último, não deixando para amanhã o que se pode fazer hoje.
Vivendo e valorizando o que temos!
Jamais deixar de lembrar a agradecer a Deus por tudo em nossas vidas e saber viver cada dia que ele nos dá...
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