Eu queria escrever uma carta,
Mas só tenho papel pra bilhete;
Eu espero que você aceite
E entenda essas letras borradas.
Não escrevo pedindo desculpas
Nem dizendo que quero outra chance
— não pretendo ser mais seu amante —
Eu só peço que não seja ingrata,
E devolva aquela gravata
Que deixei sobre a sua estante.
domingo, 29 de maio de 2011
Faça-me o favor
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Pensando em círculos
Pensamento fez nascer mais uma ideia,
Coisa que parece boba, mas é séria;
Tem a ver com meus sucessos e fracassos
E aborda a insegurança dos meus passos.
Eu achei por bem deixá-la mais madura,
Para então colhê-la muito mais segura;
Mas paciência não é coisa que se compra
E a minha não estava assim tão pronta.
Desisti de esperar melhor momento
E colhi a minha ideia em argumento
E ele não se demonstrou tão consistente
E eu voltei ao pensamento novamente.
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domingo, 22 de maio de 2011
Pensando fora da caixa
Velha caixa de sapatos,
Penso fora de você.
Penso além do seu espaço;
Penso em meias e cadarços.
Sei que ainda sou calçado,
Mas não fico limitado
Ao que devo parecer.
Velha caixa de sapatos,
Sinto muito por você.
Quer conter em seu regaço
Tudo o que penso ou faço.
Abandone o que é passado!
O fato de eu ser calçado
Não depende de você.
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quinta-feira, 19 de maio de 2011
Alice
Foi você quem disse
Que me amar foi uma burrice;
Eu só concordei
Pra não te ofender.
Só você insiste
Em negar o que ainda existe;
E eu não me oporei
Por não ver porquê.
E essa esquisitice
De querer que a gente brigue;
Ignorarei,
Por amar você.
Se você se visse
Emburrada assim, Alice,
Ia entender
O meu bem querer.
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quarta-feira, 11 de maio de 2011
Perturbações
Perturbação da mente, dos sentidos, dos sentimentos…
Me perco em meio aos zumbidos do coração tão desatento
Da vida que se vai perdendo e talvez ganhando de tempo em tempo.
Perturbação da gente, dos oprimidos, dos sem alento…
Se perdem num mar de bandidos sem coração nem sentimento;
E a vida que vão perdendo, nunca ganhando, lhes rouba o tempo.
Perturbação demente, sem sentido nem movimento…
Perdidos, viramos zumbis de coração tão violento,
Que vida se foi perdendo e o que ganhamos? Só sofrimento.
Perdido por Isaac Marinho às 13:47 2 comentários
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domingo, 8 de maio de 2011
Mãe
Em face às possibilidades,
Contra os fatos e evidências,
Contra as vozes das verdades,
Contra as falas das ciências,
Ela sorriu…
E o seu sorriso explodiu
No que uns chamam de demência
E outros chamam de milagre.
Perdido por Isaac Marinho às 16:24 0 comentários
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