Que pena que não sei
Da pena me manter.
Escrevo por querer
Fingir que posso mais,
Que a vida é doce e bela,
Que a cela é bem maior,
Que o fel tornou-se vinho,
Que a estopa fez-se linho,
Que o espinho é menor,
Que a paz venceu a guerra.
Que posso querer mais?
Querer, por escrever,
Da pena me manter.
Que pena que não sei.
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Penalizado
Perdido por Isaac Marinho às 23:21 2 comentários
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Samsara
Tantas vidas dentro da cabeça
Que mal vivo a minha de verdade.
Tanto esforço pra que eu esqueça
Dessas vidas e de seus detalhes,
Dos entalhes da moldura delas,
Das vielas de seus mil lugares,
De suas praças repletas de gente,
Dos amigos bebendo nos bares,
Dos amores vividos e extintos,
Dos instintos de sei lá o quê.
Dessas vidas todas o que sinto
É o desejo de não mais viver.
Perdido por Isaac Marinho às 14:06 2 comentários
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terça-feira, 20 de novembro de 2012
Até logo
Triste é ter o amor distante,
Inda que por pouco tempo.
Dói querer e a cada instante
Não ter um abraço ou beijo.
Dói no peito, dói demais.
Nem na morte haverá paz,
Que ela é separação.
E essa dor, só a união
Com o nosso amor desfaz.
Perdido por Isaac Marinho às 13:38 0 comentários
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