Hoje brinquei no corredor do CEFET; disse que deveria escrever um livro. Afinal, já cheguei aos 23, vi muita coisa, vivi muita coisa, sofri muita coisa, fui muita coisa, tanta coisa, cada coisa...
Bem, eu não saberia o que colocar num livro; nem me acho um escritor, talvez nem aspirante eu seja. Não sinto estilo nessas linhas, sei que erro a pontuação, acredito que não sei articular bem as palavras, não sei expressar bem as idéias. Eu devia era ler um livro, seria mais útil pra mim. Mas escrever um desabafo das minhas mágoas, um poema dos meus amores, um conto dos meus sonhos, uma crônica das minhas memórias, escrever algo que me liberte da omissão da informação, da falta de cumplicidade, da incapacidade de dividir meus sonhos... seria uma terapia.
Ainda sou o mesmo menino medroso e chorão, o mesmo guri tímido beirando a bisonhice. Aos 23 anos, não sei andar de bicicleta na frente de muitas pessoas (perco o equilíbrio), não sei nadar que me salve de um afogamento, não consigo tocar violão na frente da turma, não deixo de ficar ruborizado diante de quem amo, não consigo evitar o sorriso amarelo (se bem que sou amarelo), às vezes tropeço nas palavras, sinto falta de ar ao tentar me expressar diante de uma turma nova (como aconteceu no início do segundo semestre); ainda sou o menino que segura na barra da saia da mãe.
Sinceramente, os parágrafos anteriores estão ridículos. Acho melhor parar por aqui. Um dia, quem sabe, poderei voltar a escrever, quando souber de que assunto tratar.
Eis um verdadeiro "texto perdido". Achei-o em meio aos meus arquivos; foi escrito numa sexta-feira, 31/08/2007.
Sete meses depois (em 01/04/2008) eu iniciei o blog, e hoje (um ano depois) publico este "texto perdido".
O texto "Covardia" (primeiro a ser postado por aqui) é de 14/11/2007, sendo produto da "revolução" iniciada em agosto do mesmo ano.
Ainda lembro do dia em que "brinquei no corredor do CEFET".